(Mais Uma) Constatação
O vínculo responsável pela manutenção da maioria dos relacionamentos nestes dias não é o amor, nem a paixão, nem admiração e respeito mútuos, nem conveniências econômicas e sociais, ou qualquer dessas coisas que sempre foram levadas em conta historicamente na hora de escolher um(a) companheiro(a). Nem mesmo é o tesão e a libidinagem, como pensam os mais conservadores.
A maioria dos relacionamentos que tenho a oportunidade de acompanhar de alguma forma se sustentam pelo puro e simples medo da solidão, de estar fora do mercado sexual, de medo de ganhar fama de encalhado. E por isso eles são a cada dia mais superficiais, efêmeros e frustrantes. Sem querer dar uma de careta, mas acho que a nossa geração já levou o "ficar" ao limite do paroxismo: não é raro ver pessoas se jactarem de ter ficado com 5, 10 ou 20 em uma festa e no dia seguinte estar reclamando de tédio e solidão. Se ainda fossem movidos por puro desejo sexual, durariam mais e fariam as pessoas se sentirem um pouco melhor; até mesmo porque o desejo sexual não deixa de ser uma forma de adoração, de paixão.
Enganam-se os que imaginam ser o mundo ocidental uma eterna e alegre orgia. Ao menos aqui por estas bandas as coisas andam mais com o aspecto de uma sessão de "terapia de casal" neurótica e infrutífera.
A maioria dos relacionamentos que tenho a oportunidade de acompanhar de alguma forma se sustentam pelo puro e simples medo da solidão, de estar fora do mercado sexual, de medo de ganhar fama de encalhado. E por isso eles são a cada dia mais superficiais, efêmeros e frustrantes. Sem querer dar uma de careta, mas acho que a nossa geração já levou o "ficar" ao limite do paroxismo: não é raro ver pessoas se jactarem de ter ficado com 5, 10 ou 20 em uma festa e no dia seguinte estar reclamando de tédio e solidão. Se ainda fossem movidos por puro desejo sexual, durariam mais e fariam as pessoas se sentirem um pouco melhor; até mesmo porque o desejo sexual não deixa de ser uma forma de adoração, de paixão.
Enganam-se os que imaginam ser o mundo ocidental uma eterna e alegre orgia. Ao menos aqui por estas bandas as coisas andam mais com o aspecto de uma sessão de "terapia de casal" neurótica e infrutífera.
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