Um mantra para voluntários do CVV
Houve um tempo em que pensei em ser voluntário do CVV, porque sempre dei um conselho a todas as pessoas que se diziam desgostosas com a vida e com ímpetos suicidas: o mundo não é belo, digno e importante a ponto de merecer um sacrifício tão grande e irrevogável de sua parte. Por que dar a ele o gosto de se livrar de sua presença? Por que dar às pessoas que te fizeram sofrer a chance de chorar lágrimas de crocodilo pela sua morte e bancarem as sensíveis e consternadas?
Não sei se a psicologia endossa minha linha de raciocínio, mas o fato é que nas três vezes em que lancei mão desse conselho, consegui fazê-las voltar atrás. Dizer coisas melosas e com tom de auto-ajuda não funciona; soa falso, e além do mais, muitos outros já devem ter dito a mesma coisa antes.
Se é para haver redenção, que seja através do desdém e da ironia. A vida lhe deu as costas? Passe a mão na bunda dela!
Não sei se a psicologia endossa minha linha de raciocínio, mas o fato é que nas três vezes em que lancei mão desse conselho, consegui fazê-las voltar atrás. Dizer coisas melosas e com tom de auto-ajuda não funciona; soa falso, e além do mais, muitos outros já devem ter dito a mesma coisa antes.
Se é para haver redenção, que seja através do desdém e da ironia. A vida lhe deu as costas? Passe a mão na bunda dela!
<< Home