segunda-feira, março 26, 2007

13 mulheres

Alguns dias (ou seriam semanas?) atrás o Polzonoff escreveu um post rápido e inspirado (ele também tem textos longos e ainda mais inspirados, acessem o blog e confiram) sobre 13 personagens literárias que ele levaria para a cama. Antes mesmo de terminar a leitura eu já estava pensando em quais seriam minhas treze escolhidas. A lista em si eu fechei em menos de meia hora, mas resolvi fazer um rápido comentário justificando cada escolha, e nisso demorei dias. De toda forma aí estão as pequenas selecionadas:

13. Sherazade (As Mil e Uma Noites)

Uma personagem que domina todos os prazeres da alcova, tanto os lúbricos quanto os comunicativos. Para quê melhor?

12. Adriana (A Romana)

A prostituta ingênua e sonhadora de Moravia desperta um instinto natural de proteção masculina no leitor. Além de ser muito bela e desejável.

11. Melanie Isaacs (Desonra)

Por ela o professor David Lurie jogou para o alto sua carreira e na lama sua reputação. Uma mulher dessas deve valer um interlúdio íntimo.

10. Cecile de Volanges (As Relações Perigosas)

Qual o leitor da obra de Laclos não gostaria de estar na pele do Visconde de Valmont quando ele “corrompe” a inocente jovem?

09. Miss Cavendish (Opus Pistorum)

Uma mulher que sente prazer ao ser estuprada por três homens tem uma sexualidade tão doentia que merece ser explorada.

08. Rita Baiana (O Cortiço)

O diligente e responsável Jerônimo transformou-se em um vagabundo alcoólatra por causa dela. Alguém capaz de operar uma transformação dessas numa pessoa tem poder. E o poder de Rita estava em seus atributos sensuais.

07. Lo-Tsen (Horizonte Perdido)

A “pequena manchu” de idade indefinível é descrita com tanta graça que se torna picante imagina-la carnal, lasciva, material como qualquer outra mulher.

06. Lara Antipova (Doutor Jivago)

Lara deixa-se seduzir pelo inescrupuloso Komarovski, casa-se com o sereno Pavel Antipov, apaixona-se por Jivago, sofre as agruras da guerra e da revolução e durante toda a obra me perguntei o que a tornava tão perseguida e desejável.

05. Sally Athelny (Servidão Humana)

Foi ao lado dessa moça bela, simples e tranqüila que o protagonista, meu xará e quase alter ego Philipp encontrou a felicidade pela qual tanto procurou. A identificação que sinto com a obra e com o personagem a torna quase o meu arquétipo da mulher alfa.

04. Nora Helmer (Casa de Bonecas)

Na Europa vitoriana do final do século XIX uma mulher que ousasse se separar do marido era algo entre corajosa e irresponsável. Mas a Nora com quem uma tarde entre os lençóis valeria cada minuto seria aquela da última cena da peça, a que deixa toda uma vida para trás para se lançar no mundo em busca de sua liberdade.

03. Mathilde de la Mole (O Vermelho e o Negro)

O sentimento de satisfação pessoal que me inundou quando finalmente ela cedeu a Julien Sorel fez com que me sentisse no lugar dele. E a sensação era muito agradável.

02. Maud Brewster (O Lobo do Mar)

O narrador a descreve como dotada de uma beleza refinada e etérea. E a beleza sofisticada desperta um desejo ainda mais arrebatador do que a puramente sensual.

01. Rebeca Buendía (Cem Anos de Solidão)

Essa será a única que não justificarei. Basta ler o trecho no qual ela é desvirginada pelo quase-irmão José Arcádio. Ele torna toda e qualquer explicação supérflua.

***

Uma árabe medieval, uma italiana dos anos 30, uma jovem branca da África do Sul pós-Apartheid, uma moça nobre do final do Ancièn Regime, uma inglesa refugiada na Paris dos anos 20, uma mulata brasileira do final do século XIX, uma chinesa interna em um mosteiro tibetano, uma russa, uma jovem inglesa suburbana do começo do século passado, uma dona-de-casa norueguesa da belle époque, outra nobre francesa, essa da época da restauração, uma poetisa americana contemporânea de Emily Dickinson e... Uma macondiana, já que os personagens de Cem Anos não são colombianos ou mesmo latino-americanos. Macondo pertence a outro universo. Pode-se colocar todo defeito no meu gosto para o belo sexo, menos o da falta de variedade...

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