sexta-feira, julho 07, 2006

Consegui...

...Receber o xingamento maior, a ofensa suprema, o galardão do opróbrio: uma pessoa de esquerda me chamou de nazifascista. E por que estou tão alegre? Simples: como bem disse o Alex, quando uma pessoa de esquerda te chama de nazista ou alguém de direita te chama de comunista, você deve está no caminho certo. A segunda honraria eu acho que dificilmente receberei algum dia, até porque não existem ex-direitistas. A política parece obedecer a uma espécie de pressão osmótica: só há trânsito da esquerda para a direita. Ex-comunistas, socialistas, anarquistas, social-democratas e tudo mais existem aos montes. Ex-liberais ou ex-conservadores que tenham se tornado socialistas, eu ainda estou por conhecer.


(Vamos deixar algo bem claro: essa classificação de direita versus esquerda é anacrônica, maniqueísta e pouco reflete a diversidade do espectro político nos dias atuais. Utilizo-a por ser consagrada pelo uso e por falta de termos igualmente abrangentes).


Agora a bola fica com vocês: quais traços de minha personalidade ou minhas idéias que eu deixo transparecer aqui no blog seriam indícios de que sou “nazifascista”? Aos que não me conhecem, garanto que não tenho qualquer ascendência germânica; muito pelo contrário, há indícios nada desprezíveis de que minha família tem raízes judaicas. Não acredito que tenha deixado transparecer nacionalismo exacerbado, até porque o nacionalismo é, assim como o fascismo ou o comunismo, uma ideologia de massas que serve como refúgio para fracassados. Por acaso acreditaria eu que o Estado deve manter a integridade nacional a qualquer custo, ainda que para isso precise dominar a sociedade com mão de ferro? Creio que meu anti-estatismo já tenha ficado suficientemente claro. Então por que diabos pessoas tidas como “de direita” estão frequentemente sendo tachadas de nazistas?


Por conta de um estratagema intelectual extremamente canalha, que confronta duas coisas que pouco ou nada têm a ver entre si, até se descobrir uma característica em comum entre elas. Não importa se essa característica comum se dá por motivos completamente antagônicos: aos olhos do simplório ou do patife intelectual, as duas se tornam entidades indissociáveis. O fato de o nazismo ser antimarxista e antibolchevista termina sendo usado para atirar o nazifascismo na vala comum da direita. Ninguém parece se preocupar com o detalhe de o desprezo pelo marxismo nutrido pelo nazismo e pelo liberalismo terem origens totalmente diferentes: o nazismo é anticomunista pelo fato do comunismo ser internacional (a esquerda de hoje praticamente nem lembra mais disso), e o nazismo é nacionalista. Aliás, vamos encerrar a questão de uma vez por todas, que todos já devem estar cansados dessa lengalenga: o nome do partido nazista era Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães. Eu não sou socialista, nem nacionalista, nem defendo a simplória dicotomia de classes que o termo “dos trabalhadores” sugere.


Quem não concordar, por favor, demonstre as convergências de pensamento entre John Locke e Adam Smith e a doutrina nazifascista. Regurgitar retórica vazia não vale.


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