É o contexto, estúpidos!
Logo que começou a campanha do segundo turno, a petralhada vêm batendo na tecla de "comparação de resultados", exibindo uma penca de números que provariam que o governo petista é melhor e mais competente que o governo tucano que o precedeu.
Não me sinto confortável na posição de defender o Partido dos Social-Democratas Bobocas, mas o nível de ignorância e desonestidade intelectual dos petistas me dá nos nervos. Eles não se pejam em enxovalhar qualquer área do conhecimento que seja para enganar os incautos. A vítima da vez é a estatística: aproveitando-se do fato do brasileiro ser péssimo de conta, cruzam e comparam uma série de dados para concluir no final que "números são incontestáveis", "contra números não há argumentos". Imbecilidades que só podem ser ditas por quem jamais teve algum contato com a ciência estatística.
Há uma anedota no meio matemático que ilustra bem o quão idiota é essa crença cega em uma pilha amorfa de dados: um cientista alemão tentava explicar a queda na taxa de natalidade alemã. Então ele cruzou as taxas de fertilidade no país durante trinta anos com a população de cegonhas existentes em território alemão durante o mesmo período, e... voilà! As duas eram perfeitamente compatíveis: decresciam a taxas praticamente idênticas. Qual a conclusão lógica e incontestável à qual levava o estudo? As crianças realmente são trazidas pelas cegonhas!!!!!!!!!!!
O exemplo é tolo, claro, mas não por acaso: o objetivo era exatamente demonstrar como era possível chegar a conclusões estapafúrdias e sem nexo com base em estatísticas perfeitamente fidedignas e verdadeiras. O que, aliás, não é nenhuma novidade para quem tomou algum contato com filosofia. Também nela é possível chegar a uma conclusão falsa a partir de afirmações verdadeiras. Aqui vai um exemplo:
(1)Peixes vivem na água
(2)Baleias não são peixes
Conclusão: Baleias não vivem na água
Tanto a afirmativa 1 quanto a 2 são verdadeiras e facilmente comprováveis. E por que levam a uma conclusão falsa? Por que foram relacionadas de forma simplista; simplesmente ignorou o fato igualmente comprovado de que não apenas peixes vivem na água, algumas espécies de mamíferos também o fazem, dentre eles a baleia. Bastou incluir mais dados e a fantasia desmoronou.
Estou pensando em me dar ao trabalho de refutar um a um os sofismas estatísticos petralhistas. Algo me diz que tenho o dever moral de fazê-lo. Mas estou muito atarefado, e minha vida anda interessante demais para que eu perca tempo com miudezas como o futuro do Brasil. A Dona da Minha Cabeça* é muito mais digna de minha atenção que o futuro de 184 milhões de pessoas que eu nem conheço.
*Quem é ela? Talvez em breve eu diga. Por enquanto, deixa quieto.
Não me sinto confortável na posição de defender o Partido dos Social-Democratas Bobocas, mas o nível de ignorância e desonestidade intelectual dos petistas me dá nos nervos. Eles não se pejam em enxovalhar qualquer área do conhecimento que seja para enganar os incautos. A vítima da vez é a estatística: aproveitando-se do fato do brasileiro ser péssimo de conta, cruzam e comparam uma série de dados para concluir no final que "números são incontestáveis", "contra números não há argumentos". Imbecilidades que só podem ser ditas por quem jamais teve algum contato com a ciência estatística.
Há uma anedota no meio matemático que ilustra bem o quão idiota é essa crença cega em uma pilha amorfa de dados: um cientista alemão tentava explicar a queda na taxa de natalidade alemã. Então ele cruzou as taxas de fertilidade no país durante trinta anos com a população de cegonhas existentes em território alemão durante o mesmo período, e... voilà! As duas eram perfeitamente compatíveis: decresciam a taxas praticamente idênticas. Qual a conclusão lógica e incontestável à qual levava o estudo? As crianças realmente são trazidas pelas cegonhas!!!!!!!!!!!
O exemplo é tolo, claro, mas não por acaso: o objetivo era exatamente demonstrar como era possível chegar a conclusões estapafúrdias e sem nexo com base em estatísticas perfeitamente fidedignas e verdadeiras. O que, aliás, não é nenhuma novidade para quem tomou algum contato com filosofia. Também nela é possível chegar a uma conclusão falsa a partir de afirmações verdadeiras. Aqui vai um exemplo:
(1)Peixes vivem na água
(2)Baleias não são peixes
Conclusão: Baleias não vivem na água
Tanto a afirmativa 1 quanto a 2 são verdadeiras e facilmente comprováveis. E por que levam a uma conclusão falsa? Por que foram relacionadas de forma simplista; simplesmente ignorou o fato igualmente comprovado de que não apenas peixes vivem na água, algumas espécies de mamíferos também o fazem, dentre eles a baleia. Bastou incluir mais dados e a fantasia desmoronou.
Estou pensando em me dar ao trabalho de refutar um a um os sofismas estatísticos petralhistas. Algo me diz que tenho o dever moral de fazê-lo. Mas estou muito atarefado, e minha vida anda interessante demais para que eu perca tempo com miudezas como o futuro do Brasil. A Dona da Minha Cabeça* é muito mais digna de minha atenção que o futuro de 184 milhões de pessoas que eu nem conheço.
*Quem é ela? Talvez em breve eu diga. Por enquanto, deixa quieto.
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