Pedirão desculpas?
Já repararam que o Iraque deu uma considerável sumida do noticiário nos últimos meses? Você provavelmente não sabe porque, mas eu esclareço: desde o último reforço de tropas enviadas em meados desse ano, a segurança melhorou consideravelmente. Mais influente ainda nessa diminuição da violência foi o fato de os sunitas, antes o centro da insurreição e aliados da Al Qaeda na luta contra o invasor infiel, se voltaram contra os fundamentalistas. E por que tal mudança de posição? Simples: onde conseguiam estabelecer poder real, os militantes de Bin Laden logo impunham seu rosário de restrições rigidíssimas, que incluem proibição de rádios, TVs, quaisquer representações de figuras humanas e a retirada da pouca liberdade que as mulheres ainda preservam no Islã sunita tradicional. Parece que os iraquianos não gostaram muito da idéia de sair da tirania laica Baathista de Saddam Hussein para cair numa teocracia fundamentalista...
Mas não é esse o foco da minha preocupação. Notei também que os críticos da guerra no Iraque também colocaram uma enorme e conveniente pedra em cima do assunto. E se o aumento da segurança e da estabilidade realmente vierem para ficar? E se, seguro, estável e democrático, o Iraque virar um tigre econômico do Oriente Médio? E se os cenários catastrofistas de um Iraque insurrecto e infestado de fundamentalistas islâmicos simplesmente não se realizar? Os críticos da guerra calçarão as "sandálias da humildade" e pedirão desculpas ao simplório caipira texano que está prestes a deixar a Casa Branca? Conseguirão reconhecer que estavam o tempo todo errados e que George Walker Bush, afinal de contas, leu melhor os fatos do que eles?
Duvido muito. Eles simplesmente esquecerão o Iraque, como já esqueceram todas as vezes em que a história esfregou nas suas fuças o erro de suas teorias e se voltarão para novos alvos, dentre os quais desponta, atraente e suculento, o Paquistão. A roda gira, a fila anda, os cães ladram, a caravana passa, o cortejo segue e tudo permanece igual a antes no quartel de Abrantes. Ó, vida severina!
Mas não é esse o foco da minha preocupação. Notei também que os críticos da guerra no Iraque também colocaram uma enorme e conveniente pedra em cima do assunto. E se o aumento da segurança e da estabilidade realmente vierem para ficar? E se, seguro, estável e democrático, o Iraque virar um tigre econômico do Oriente Médio? E se os cenários catastrofistas de um Iraque insurrecto e infestado de fundamentalistas islâmicos simplesmente não se realizar? Os críticos da guerra calçarão as "sandálias da humildade" e pedirão desculpas ao simplório caipira texano que está prestes a deixar a Casa Branca? Conseguirão reconhecer que estavam o tempo todo errados e que George Walker Bush, afinal de contas, leu melhor os fatos do que eles?
Duvido muito. Eles simplesmente esquecerão o Iraque, como já esqueceram todas as vezes em que a história esfregou nas suas fuças o erro de suas teorias e se voltarão para novos alvos, dentre os quais desponta, atraente e suculento, o Paquistão. A roda gira, a fila anda, os cães ladram, a caravana passa, o cortejo segue e tudo permanece igual a antes no quartel de Abrantes. Ó, vida severina!
Marcadores: Oriente Médio, política internacional
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