sábado, fevereiro 05, 2005

Série Mentiras que a Esquerda Conta: O Oleoduto Afegão


Mais uma série é inaugurada, desta vez dedicada às manipulações da verdade ou às farsas pura e simplesmente consideradas que a esquerda nacional ou mundial conta no afã de apreender a atenção de incautos, principalmente jovens, que são mais sujeitos à sua doutrinação alienante.E começo pela mais ridícula de todas as teorias conspiratórias canhotas, tão inverossímil que mesmo muitos setores esquerdistas a rejeitam.Trata-se do famoso "Oleoduto Afegão".

Ela nasceu lá pelo final do ano de 2001, quando os Talibans, transmutados de bárbaros medievais em guerreiros contra a opressão imperialista ianque de forma repentina e inexplicada, perdiam o controle do país que esmagaram com mão de ferro por uma década, e Bin Laden estava acuado nas cavernas de Tora Bora.Como precisa arrumar um pretexto para ser contra os Estados Unidos, por mais idiota que seja, a esquerda precisava de uma teoria conspiratória que mostrasse os americanos como malvados, nem que para isso os Talibans se transformassem em moçinhos.Em linhas gerais: os EUA não invadiram o Afeganistão para derrubar um governo que apoiou abertamente uma organização terrorista que promoveu o atentado mais escabroso da história, mas sim para construir um oleoduto passando pelo território afegão.

Algumas perguntas bastariam para por essa imbecilidade por terra: o tal oleoduto levaria o quê, de onde e para onde? O Afeganistão, ao que consta, não tem petróleo, o Irã tem, mas já possui rotas de escoamento, e o Paquistão é aliado americano; sobram então as nações da Ásia Central.Mas o Tadiquistão e o Quirguistão não possuem petróleo.Ficamos com as três restantes, cuja riqueza do produto é abundante.Teríamos capturado o fio da meada?

Definitivamente, a resposta é não.Esses países já possuem oleodutos que escoam a produção através do Mar Negro, e de lá para Europa Ocidental e Estados Unidos.E se não possuíssem, o que seria mais barato? Construir um oleoduto que cruzaria as planícies siberianas, sempre em território pacífico e com toda uma infra-estrutura de apoio já existente na região, ou um que atravessaria as altíssimas montanhas do Hindu Kush (terreno íngreme representa maior extensão e custos), em territórios dominados por líderes tribais pouco confiáveis, e com toda a estrutura de apoio sendo construída do zero? Pensem um pouco, os americanos não atingiram a atual posição de primazia que têm no mundo fazendo burrices como essa...

Por outro lado, consideremos o nexo de causalidade.Que fato desencadeou a guerra no Afeganistão? A derrubada das Torres Gêmeas, afinal havia mais de dez anos que os talibans desafiavam o mundo dando abrigo à Al Qaeda sem serem sequer ameaçados de invasão.Façamos um silogismo simples: o governo americano queria um pretexto para invadir o Afeganistão; o pretexto foi o atentado de 11 de setembro;logo... Os americanos causaram o atentado de 11 de setembro! Vejam a que nível os proponentes dessa teoria acreditam que chega a burrice americana: os EUA provocaram um auto-atendado, cujos prejuízos seriam suficientes para construir alguns milhares de "oleodutos", ainda que encarecidos pelo terreno montanhoso e pelos mandatários hostis das terras que ele cruzaria, para construir um mísero oleoduto para levar o nada de lugar nenhum para parte alguma.Só posso concluir que aqueles que imputam tamanha estreiteza de pensamento aos EUA só podem querer ver a sua própria canastrice intelectual refletida naqueles que conseguiram ser aquilo que eles não conseguem: vencedores.

P.S.: E neste final de semana, os vermelhos organizaram uma manifestação de apoio à "resistência iraquiana".Para eles não importa o fato do comparecimento às urnas no Iraque ter superado as expectativas pessimistas da véspera, nem o fato dos terroristas terem usado até crianças com síndrome de Down em seus "atos de resistência".Enfim, cansa falar da desonestidade ideológica dessa gentinha.Por aqui eu fico.


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