Série Reconstituições Históricas: Como Seria... Se Lula houvesse vencido as eleições de 1989?
Dando continuidade à série iniciada alhures, vamos novamente analisar a história recente do Brasil.Eu comecei aqui com a Revolução de 1930, o Eduardo
prosseguiu com o golpe de 64, e eu toco a bola pra frente com um momento bastante recente: as primeiras eleições após a queda do famigerado regime militar.Em meio a duas dezenas de candidatos, dois foram ao segundo turno: Collor, político jovem e de um partido desconhecido, mas com idéias inovadoras de liberalismo nesta nação tão marcada pelo intervencionismo, e Lula, ex-sindicalista claramente alinhado com o lado oriental do muro que cairia poucos dias antes da realização do segundo escrotínio (ops! trocadilho ridículo detectado!).
Como todos sabem, Collor venceu as eleições, e após um governo marcado por medidas boas (abertura dos mercados), e outras discutíveis (confisco da poupança para controlar a inflação), caiu em
meio a um mar de denúncias de corrupção envolvendo seu tesoureiro de campanha, denúncias estas que nunca foram esclarecidas ou provadas... Mas essa é outra história, a que aconteceu.E o que aconteceu não interessa.Vamos ao hipotético:
Caso Lula houvesse vencido as eleições, o efeito imediato seria devastador: como Mário Amato previu, haveria uma fuga maciça de capitais do país, procurando fugir de um possível confisco.
As tensões no campo e nas cidades se aprofundariam, e o governo utilizaria a máquina pública para incendiar ainda mais o ambiente, a ponto de deixar o país à beira de uma guerra civil.Ao mesmo
tempo, montaria um enorme aparato assistencialista para dar esmolas aos pobres e assim ganhar a imagem de "pai dos pobres", tão cara aos populistas.Enfim, traga o que está acontecendo na Venezuela para cá e você terá o quadro completo.
Só que a "Revolução Bolivariana" não vingaria por estas bandas.Chávez consegue sustentar seu populismo barato, malgrado o desastre econômico que é seu governo, apenas porque está sentado
sobre a quarta maior reserva de petróleo do mundo.Como nós aqui não temos essa riqueza fácil, o tesouro quebraria rapidamente.Pressionado pela crise, Lula terminaria exatamente como Fernando De La Rúa: derrubado por panelaços populares, saindo da cena política brasileira de uma vez por todas e voltando a fazer o que ele sabe: cuidar de um torno mecânico.
Depois de um período de turbulência institucional, as coisas voltariam lentamente aos eixos: com uma experiência esquerdista desastrosa no currículo incutiria temor no povo, que relutaria muito
em novamente confiar em um político canhoto.O presidente seguinte do Brasil provavelmente seria alguém afinado com os princípios liberais.E aí poderíamos iniciar uma estupenda arrancada rumo
ao primeiro mundo.
Definitivamente, há bens que vêm para mal.
<< Home