A Globo, anticomunista? Conta outra!
A mentalidade brasileira é governada por engodos, malversações e meias-verdades. Acredito que sempre tenha sido assim, mas nos últimos trinta anos a coisa atingiu níveis realmente patológicos. Depois que uma corja de intelectuais (sic) marxistas passou a dominar a política e o ensino brasileiros, vivemos imersos num mundo de fantasia que as viúvas do cadáver putrefato da ideologia comunista nos induz através de todos os meios. A enganação mais engenhosa que já engendraram é que a grande mídia brasileira é “direitista”.
Ponho-me a imaginar como se pode qualificar de direitistas jornais como Folha e Estadão, que têm Clóvis Rossi e Emir Sader cometendo atentados contra a verdade e o bom senso a cada coluna que escrevem. Não vou citar todos os colunistas de esquerda que escrevem para grandes jornais brasileiros. Encheria um artigo inteiro. Prefiro chegar ao maior mito de todos: o de que a Globo é “neoliberal” e “de direita”.
Não vou longe no tempo para que a falta de memória não permita confusões. Há mais ou menos dez dias morreu Apolônio de Carvalho. A “direitista” Rede Globo ocupou blocos inteiros de seus telejornais (inclusive o Jornal Nacional) enaltecendo como herói da democracia brasileira um stalinista safado que passou a vida inteira lutando, no Brasil e no mundo, para expandir o regime mais criminoso que a história da humanidade já viu. Não faltaram também closes de ícones da esquerda e próceres do governo glorificando um criminoso da história, mas ali era compreensível, afinal eram criminosos falando de criminosos. Desde quando alguém que defendeu até o fim da vida o regime stalinista é “construtor da democracia”? Desde quando uma emissora de televisão que mostra um comunista stalinista como herói democrata pode ser classificada como “de direita”?
É este o resultado de mais de duas décadas de alienação coletiva a que estamos sendo submetidos. Comunistas como Apolônio de Carvalho viram democratas. Ideólogos como Marilena Chauí viram pensadores. Emissoras de TV como a Rede Globo viram direitistas. O pensamento nacional está acossado por uma labirintite aguda: não consegue encontrar os referenciais de posicionamento mais básicos. E não há perspectivas de melhora. Ainda vamos ter que aturar por muito tempo criminosos bastardos como Olga Benário e Che Guevara sendo glorificados como heróis. Mas após a embriaguez sempre vem a sobriedade. O problema é que, no primeiro momento, ela vem acompanhada de uma ressaca daquelas...
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