A dialética canalha do petralhismo
No Piauí, como acredito que seja em outros estados, o PFL sempre carregou, não sem alguma justiça, o estigma do partido fisiológico por excelência. Seus políticos têm a imagem de corruptos venais dispostos a qualquer coisa para usufruir de uma mamata. Já o PT era o partido sério de gente honesta comprometida com ideais e que salvaria o estado da pobreza. A lógica incutida por milhares de professores em todos os níveis de ensino era a de que votar no PT seria um compromisso para retirar o nosso estado da vanguarda do atraso. Nas últimas eleições, ouvi esse discurso à exaustão. E eis que o governador Wellington Dias se aliou com o homem mais rico do estado e ganhou a eleição ainda no primeiro turno.
O delírio orgásmico dos antipefelistas, no entanto, sofreu um duro golpe na manhã seguinte. De repente eles descobriram o motivo pelo qual o PFL daqui não havia lançado candidato a governador, embora seja o partido que tem o maior número de prefeitos e vereadores no estado: fizeram uma aliança secreta com o governador, que montado na grana do magnata João Claudino (demonizado pelo PT durante vinte anos, mas aliado incondicional nos dias que correm) comprou quase todas as lideranças pefelistas locais, e estas deram uma contribuição decisiva para seu retumbante sucesso nas urnas. Tarde demais os crédulos (para não usar o termo "otários") descobriram que foram enganados pelos petralhas. Hoje figurões históricos do pefelismo ganham secretarias importantes e cargos generosos, e até mesmo um arranjo político foi feito para que um pefelista derrotado nas urnas (Leal Júnior) assumisse uma vaga na assembléia como suplente.
Que tipo de reação esperar então? Que eles reconhecessem que caíram como patos no canto venenoso da sereia petralhista? Coisa nenhuma! Incapazes de admitir que o outrora partido dos puros e imaculados os fez de tolos enquanto ganhava seus preciosos votinhos, as desculpas da hora apelam para a "maturidade política" do Partido da Trapaça. Trocando em miúdos: antes quem se aliasse com os pefelistas estava se mancomunando com ladrões e atravancando o desenvolvimento do estado. Agora que o petismo desfila alegre e despudorado de braços dados com a fina flor do pefelismo mais clientelista, eles se embevecem com a capacidade do governador de "costurar alianças acima das desavenças políticas em prol do desenvolvimento do nosso estado". Eis a dialética canalha do petralhismo.
De tal modo que eu desisto. Sabe aquela mulher que apanha todo dia do marido, mas sempre inventa uma desculpa para justificar seu comportamento e ainda reage irada contra quem o critica ou o denuncia às autoridades? Pois é, esse tipinho tem mais é que apanhar bastante, já que parece gostar de uns tabefes.
O delírio orgásmico dos antipefelistas, no entanto, sofreu um duro golpe na manhã seguinte. De repente eles descobriram o motivo pelo qual o PFL daqui não havia lançado candidato a governador, embora seja o partido que tem o maior número de prefeitos e vereadores no estado: fizeram uma aliança secreta com o governador, que montado na grana do magnata João Claudino (demonizado pelo PT durante vinte anos, mas aliado incondicional nos dias que correm) comprou quase todas as lideranças pefelistas locais, e estas deram uma contribuição decisiva para seu retumbante sucesso nas urnas. Tarde demais os crédulos (para não usar o termo "otários") descobriram que foram enganados pelos petralhas. Hoje figurões históricos do pefelismo ganham secretarias importantes e cargos generosos, e até mesmo um arranjo político foi feito para que um pefelista derrotado nas urnas (Leal Júnior) assumisse uma vaga na assembléia como suplente.
Que tipo de reação esperar então? Que eles reconhecessem que caíram como patos no canto venenoso da sereia petralhista? Coisa nenhuma! Incapazes de admitir que o outrora partido dos puros e imaculados os fez de tolos enquanto ganhava seus preciosos votinhos, as desculpas da hora apelam para a "maturidade política" do Partido da Trapaça. Trocando em miúdos: antes quem se aliasse com os pefelistas estava se mancomunando com ladrões e atravancando o desenvolvimento do estado. Agora que o petismo desfila alegre e despudorado de braços dados com a fina flor do pefelismo mais clientelista, eles se embevecem com a capacidade do governador de "costurar alianças acima das desavenças políticas em prol do desenvolvimento do nosso estado". Eis a dialética canalha do petralhismo.
De tal modo que eu desisto. Sabe aquela mulher que apanha todo dia do marido, mas sempre inventa uma desculpa para justificar seu comportamento e ainda reage irada contra quem o critica ou o denuncia às autoridades? Pois é, esse tipinho tem mais é que apanhar bastante, já que parece gostar de uns tabefes.
Marcadores: incoerência, petismo, política piauiense
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