Elogio à burrice
Que inteligência seja algo importante numa parceria afetiva não se contesta. É ótimo ter ao seu lado alguém com grande desenvoltura intelectual, além do que uma parceira inteligente não te faz passar vergonha nas rodinhas mais intelectualizadas que você freqüenta. Não precisa inventar mil desculpas para não levá-la nos programas conjuntos e não te faz cobiçar a namorada intelectual do seu amigo. Mas questiono-a enquanto fator fundamental num relacionamento: às vezes, a burrice, longe de ser um repelente, é um aperitivo.
Ano passado, do alto de meus vinte e um anos de idade, tive uma relação passageira com uma garota de treze. Isso mesmo, trate de repor no lugar esse queixo caído e pare de me chamar de pedófilo. Não foram poucos os que me perguntaram que graça eu via numa menina tão nova, que não tinha nada na cabeça. A minha resposta? O fato de ela não ter nada na cabeça era um de seus maiores atrativos, ao lado da beleza cândida e virginal que é o principal fator que desperta a atração por moças dessa faixa etária. Não estava procurando nela uma parceria amorosa plena nos sentidos físico, psicológico e intelectual. O que eu queria naquele momento era exatamente alguém com a inocente ignorância típica da primeira juventude.
Não que ela assim o fosse por opção; não foram poucas as vezes em que ela tentou encetar uma palestra mais profunda sobre um assunto mais relevante, e em tais ocasiões, se eu fosse sincero com ela, maltrata-la-ia muito ao revelar que sua pretensa profundidade não passava de superficialidade temperada pela curiosidade natural dessa faixa etária. Muito provavelmente ela era mais inteligente e atilada que a média das moças de sua idade, mas isso por si só não a tornava um prodígio de inteligência. Deveria eu apenas por isso renunciar ao prazer que podem dar o frescor de corpo e a brancura de intelecto juvenis? Quem discorda é porque ainda não percebeu que a virgindade e inocência do intelecto são tão deliciosas quanto as do corpo e das atitudes.
Óbvio que foi uma relação fugaz e temporária, mas quem disse que era para ser profunda e duradoura? Para minha sorte, tenho dezenas de amigas sagazes e inteligentes, e a elas recorro quando desejo um colóquio intelectualmente frutífero com representantes do belo sexo. E de lá para cá já tive um envolvimento denso e complexo com uma mulher que suspeito ser até mais inteligente do que eu. O que as pessoas parecem ter dificuldade para entender é que os prazeres amorosos se apresentam numa miríade de matizes tão numerosa quanto os tipos de vinhos, e também apresentam suas idiossincrasias. Assim como há ocasiões em que cai melhor um vinho branco ou um vinho tinto, há momentos em que é melhor desfrutar um intelecto mais ou menos encorpado. O segredo do bem usufrui-los é saber em que instantes e circunstâncias gozar cada um deles.
Ano passado, do alto de meus vinte e um anos de idade, tive uma relação passageira com uma garota de treze. Isso mesmo, trate de repor no lugar esse queixo caído e pare de me chamar de pedófilo. Não foram poucos os que me perguntaram que graça eu via numa menina tão nova, que não tinha nada na cabeça. A minha resposta? O fato de ela não ter nada na cabeça era um de seus maiores atrativos, ao lado da beleza cândida e virginal que é o principal fator que desperta a atração por moças dessa faixa etária. Não estava procurando nela uma parceria amorosa plena nos sentidos físico, psicológico e intelectual. O que eu queria naquele momento era exatamente alguém com a inocente ignorância típica da primeira juventude.
Não que ela assim o fosse por opção; não foram poucas as vezes em que ela tentou encetar uma palestra mais profunda sobre um assunto mais relevante, e em tais ocasiões, se eu fosse sincero com ela, maltrata-la-ia muito ao revelar que sua pretensa profundidade não passava de superficialidade temperada pela curiosidade natural dessa faixa etária. Muito provavelmente ela era mais inteligente e atilada que a média das moças de sua idade, mas isso por si só não a tornava um prodígio de inteligência. Deveria eu apenas por isso renunciar ao prazer que podem dar o frescor de corpo e a brancura de intelecto juvenis? Quem discorda é porque ainda não percebeu que a virgindade e inocência do intelecto são tão deliciosas quanto as do corpo e das atitudes.
Óbvio que foi uma relação fugaz e temporária, mas quem disse que era para ser profunda e duradoura? Para minha sorte, tenho dezenas de amigas sagazes e inteligentes, e a elas recorro quando desejo um colóquio intelectualmente frutífero com representantes do belo sexo. E de lá para cá já tive um envolvimento denso e complexo com uma mulher que suspeito ser até mais inteligente do que eu. O que as pessoas parecem ter dificuldade para entender é que os prazeres amorosos se apresentam numa miríade de matizes tão numerosa quanto os tipos de vinhos, e também apresentam suas idiossincrasias. Assim como há ocasiões em que cai melhor um vinho branco ou um vinho tinto, há momentos em que é melhor desfrutar um intelecto mais ou menos encorpado. O segredo do bem usufrui-los é saber em que instantes e circunstâncias gozar cada um deles.
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