sábado, outubro 22, 2005

O cúmulo da paranóia ou da imbecilidade mesmo?


Frase do cantor-escritor-compositor-pau-para-toda-obra José Miguel Wisnik:


"Se tudo começou no Big Bang, só tinha de acabar no Big Mac. Conversávamos à toa sobre como ter nomeado o começo do universo de Big Bang era de certa forma entregar esse momento ao império anglo-saxão. Big Bang remete imediatamente a Big Ben, símbolo do poder do Império Britânico. Remete a big band, símbolo do poder da música americana; a bang bang, o poder do cinema americano; a Big Mac, o poder da comida americana..."



Obviamente, conversar à toa sempre é mais fácil do que pesquisar e conhecer a verdade dos fatos. O termo Big Bang foi criado pelo astrônomo inglês Fred Hoyle, com o objetivo de ridicularizar a teoria (Hoyle elaborou uma concorrente, a Teoria do Estado Estacionário). "Não vejo motivo para acreditar nesse negócio de Big Bang", disse ele. Só que desde então a teoria foi cada vez mais apoiada pelas evidências, e o nome que Hoyle sugeriu, na falta de outro melhor, terminou pegando. Ao sugerir a "Grande Explosão", Hoyle quis menosprezar a teoria, que na verdade não tem nada a ver com explosão: ela simplesmente diz que o universo evoluiu a partir de um estado extremamente denso e quente.


Pior do que um termo errôneo se popularizar (muita gente acredita piamente nessa lorota de explosão) é essa mania de lunáticos como o Wisnik enxergarem conspirações imperialistas anglo-saxãs em tudo que vêem. Só mesmo aqui no Brasil um imbecil como ele tem status de intelectual.


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