Direita? Que Direita?
Ouvi dizer por aí que uma pesquisa recente indica que os brasileiros são majoritariamente de direita. Mais: que 47% dos brasileiros seriam "de direita", enquanto apenas 30% seriam "de esquerda". Resolvi ir mais a fundo então: como um país majoritariamente de direita estaria prestes a reeleger um clepto-esquerdista da mais pura cepa? Foi aí que vi o teor da pesquisa: as perguntas eram sobre: legalização da maconha (79% contra), do aborto (63% contra), a favor da redução da maioridade penal (84%) e da pena de morte (51%).
A minha pergunta é: desde quando isso serve para classificar alguém como sendo "de direita"? À parte o caráter imbecil dessa polarização simplista, não vejo o que impede alguém que é contra a legalização da maconha e do aborto e a favor da redução da maioridade penal e da pena de morte de ser de esquerda.
Sei que a direita olavista e aquela esquerda que é humanitária apenas quando lhe convém vão chiar. Mas não posso ignorar os fatos. O único país da América Latina que tem pena de morte é Cuba. Na Europa, a pena de morte apenas subsiste na Bielorrússia, última ditadura comunista do continente. Na Rússia, segundo reportagem da National Geographic que li há alguns anos, o código de processo penal em vigor ainda é o soviético, que parte da presunção de culpabilidade e condena 95% dos réus à prisão. Todo país comunista tem pena de morte e repressão brutal ao crime por um único motivo: comunistas não admitem nada que seja privado, nem mesmo a bandidagem. Ao reprimir o bandido comum, eles garantem a prerrogativa de matar, roubar, ameaçar, etc. como sendo de exclusividade sua.
Quanto ao aborto, é fato que todos os países comunistas o legalizam, mas entre as nações mais liberais economicamente apenas o Chile o proíbe, enquanto muitas das nações que estão na rabeira do Índice de Liberdade Econômica tabém proíbem. Portanto, não quer dizer nada. Com relação à maconha, idem: alguns países muito bem colocados no Índice quase não reprimem o uso, e a Holanda chega mesmo a permiti-lo com restrições. Quem dera o Brasil fosse esquerdista como a Holanda!
A polarização direita-esquerda já não faz muito sentido do ponto de vista econômico, que dirá do ponto de vista moral. Resumir tudo a uma questão de conservadorismo x libertinagem não leva a nada. Minha mãe é a favor da escravidão de bandidos e isso não a impede de considerar a possibilidade de votar na Heloísa Helena, por mais que a desvairada não dê nenhuma mostra de que vai mudar a típica tendência de amplos setores da esquerda de ficar ao lado de bandidos. Vi gente nesses últimos dias louvando o PCC só porque eles seqüestraram um jornalista da Globo, como se a Globo não fosse a maior porta-voz da esquerda pró-bandidagem, vide o esforço que ela fez para aprovar uma lei que nos tornaria reféns dos bandidos tirando nosso direito de meter uma bala nas fuças de um deles de vez em quando.
P.S. Estou preparando uma seqüência de posts sobre os dez ditadores mais escrotos do mundo hoje em dia. Gostaria que todos os que me lêem dessem seus palpites, pois embora já esteja com sete nomes cativos na lista, ainda não me decidi sobre os três restantes. Claro que nomes manjados como Kim Jong-Il, Fidel Castro e Robert Mugabe estão garantidos, me dêem outras idéias.
A minha pergunta é: desde quando isso serve para classificar alguém como sendo "de direita"? À parte o caráter imbecil dessa polarização simplista, não vejo o que impede alguém que é contra a legalização da maconha e do aborto e a favor da redução da maioridade penal e da pena de morte de ser de esquerda.
Sei que a direita olavista e aquela esquerda que é humanitária apenas quando lhe convém vão chiar. Mas não posso ignorar os fatos. O único país da América Latina que tem pena de morte é Cuba. Na Europa, a pena de morte apenas subsiste na Bielorrússia, última ditadura comunista do continente. Na Rússia, segundo reportagem da National Geographic que li há alguns anos, o código de processo penal em vigor ainda é o soviético, que parte da presunção de culpabilidade e condena 95% dos réus à prisão. Todo país comunista tem pena de morte e repressão brutal ao crime por um único motivo: comunistas não admitem nada que seja privado, nem mesmo a bandidagem. Ao reprimir o bandido comum, eles garantem a prerrogativa de matar, roubar, ameaçar, etc. como sendo de exclusividade sua.
Quanto ao aborto, é fato que todos os países comunistas o legalizam, mas entre as nações mais liberais economicamente apenas o Chile o proíbe, enquanto muitas das nações que estão na rabeira do Índice de Liberdade Econômica tabém proíbem. Portanto, não quer dizer nada. Com relação à maconha, idem: alguns países muito bem colocados no Índice quase não reprimem o uso, e a Holanda chega mesmo a permiti-lo com restrições. Quem dera o Brasil fosse esquerdista como a Holanda!
A polarização direita-esquerda já não faz muito sentido do ponto de vista econômico, que dirá do ponto de vista moral. Resumir tudo a uma questão de conservadorismo x libertinagem não leva a nada. Minha mãe é a favor da escravidão de bandidos e isso não a impede de considerar a possibilidade de votar na Heloísa Helena, por mais que a desvairada não dê nenhuma mostra de que vai mudar a típica tendência de amplos setores da esquerda de ficar ao lado de bandidos. Vi gente nesses últimos dias louvando o PCC só porque eles seqüestraram um jornalista da Globo, como se a Globo não fosse a maior porta-voz da esquerda pró-bandidagem, vide o esforço que ela fez para aprovar uma lei que nos tornaria reféns dos bandidos tirando nosso direito de meter uma bala nas fuças de um deles de vez em quando.
P.S. Estou preparando uma seqüência de posts sobre os dez ditadores mais escrotos do mundo hoje em dia. Gostaria que todos os que me lêem dessem seus palpites, pois embora já esteja com sete nomes cativos na lista, ainda não me decidi sobre os três restantes. Claro que nomes manjados como Kim Jong-Il, Fidel Castro e Robert Mugabe estão garantidos, me dêem outras idéias.
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