Petralha gosta de número? Que tal estes?
Andei ausente por conta da minha conexão que resolveu tirar férias de uma semana. Mas agora prometo que atualizo isso aqui com uma freqüência minimamente decente.
Esta semana a Transparência Internacional, Ong dedicada a estudar a corrupção e sua relação com a pobreza e o autoritarismo, publicou o Índice de Percepção de Corrupção 2006. E o que ele nos traz?
Nada mais que o óbvio: a corrupção no governo Lula aumentou bastante em relação ao governo FHC, com o qual ele tanto gosta de se comparar: em 2002, último ano da gestão tucana, o Brasil era o 45º entre 102 países, com nota 4,0 (notas abaixo de 5,0 indicam corrupção alta). No ranking desse ano, caímos de posição (70º entre 163 nações) e de nota (3,3).
Outro dado interessante aparece quando retroagimos a análise desde o primeiro ranking, publicado em 1995, portanto, antes das privatizações da metade da última década. A nota do Brasil nesse primeiro levantamento era 2,7, e éramos o 37º entre 41 países. Em 1999, primeiro ano do segundo mandato do governo FHC, nossa nota subiu para 4,1 (não por acaso, a melhor nota que já conseguimos desde a primeira edição do Índice), e éramos a 45º entre 99 nações avaliadas. A partir de então até 2002, não saímos desse patamar próximo de 4,0, e em 2003 começou a nossa derrocada, que nos levou a empatarmos com a China, que é governada por um regime ditatorial.
O que isso deixa claro? Que privatizar, além de melhorar a qualidade dos serviços e aumentar a lucratividade das empresas, ainda tem o efeito benéfico de diminuir a corrupção. Não foi à toa que nossa avaliação melhorou bastante durante o primeiro governo do PSDB e não saiu do lugar no segundo mandato. A diferença? No primeiro, privatizou-se muita coisa, embora bem menos do que deveria. No segundo, não se privatizou nada. A lógica é simples e perfeitamente entendível para quem possui um crânio com alguma função além de manter as orelhas afastadas: quanto menos dinheiro e poder nas mãos dos políticos, menos eles roubam e menos danosa é a corrupção.
Claro que números são apenas isso: números. Por si mesmos não provam absolutamente nada. Números verdadeiros podem levar a conclusões falsas se a metodologia empregada em sua compilação é desonesta ou viciada. As estatísticas lulistas são um bom exemplo disso. Portanto, procurem os dados no site da Transparency International linkado acima, comparem e sintam-se à vontade para contestar a metodologia do estudo. Eu não vou fazer como os petralhas, que num misto de ignorância e desonestidade, publicam estatísticas como se fossem verdades sacrossantas e incontestáveis. Já basta os quatro anos de burrice e mau-caratismo que estão por vir.
Esta semana a Transparência Internacional, Ong dedicada a estudar a corrupção e sua relação com a pobreza e o autoritarismo, publicou o Índice de Percepção de Corrupção 2006. E o que ele nos traz?
Nada mais que o óbvio: a corrupção no governo Lula aumentou bastante em relação ao governo FHC, com o qual ele tanto gosta de se comparar: em 2002, último ano da gestão tucana, o Brasil era o 45º entre 102 países, com nota 4,0 (notas abaixo de 5,0 indicam corrupção alta). No ranking desse ano, caímos de posição (70º entre 163 nações) e de nota (3,3).
Outro dado interessante aparece quando retroagimos a análise desde o primeiro ranking, publicado em 1995, portanto, antes das privatizações da metade da última década. A nota do Brasil nesse primeiro levantamento era 2,7, e éramos o 37º entre 41 países. Em 1999, primeiro ano do segundo mandato do governo FHC, nossa nota subiu para 4,1 (não por acaso, a melhor nota que já conseguimos desde a primeira edição do Índice), e éramos a 45º entre 99 nações avaliadas. A partir de então até 2002, não saímos desse patamar próximo de 4,0, e em 2003 começou a nossa derrocada, que nos levou a empatarmos com a China, que é governada por um regime ditatorial.
O que isso deixa claro? Que privatizar, além de melhorar a qualidade dos serviços e aumentar a lucratividade das empresas, ainda tem o efeito benéfico de diminuir a corrupção. Não foi à toa que nossa avaliação melhorou bastante durante o primeiro governo do PSDB e não saiu do lugar no segundo mandato. A diferença? No primeiro, privatizou-se muita coisa, embora bem menos do que deveria. No segundo, não se privatizou nada. A lógica é simples e perfeitamente entendível para quem possui um crânio com alguma função além de manter as orelhas afastadas: quanto menos dinheiro e poder nas mãos dos políticos, menos eles roubam e menos danosa é a corrupção.
Claro que números são apenas isso: números. Por si mesmos não provam absolutamente nada. Números verdadeiros podem levar a conclusões falsas se a metodologia empregada em sua compilação é desonesta ou viciada. As estatísticas lulistas são um bom exemplo disso. Portanto, procurem os dados no site da Transparency International linkado acima, comparem e sintam-se à vontade para contestar a metodologia do estudo. Eu não vou fazer como os petralhas, que num misto de ignorância e desonestidade, publicam estatísticas como se fossem verdades sacrossantas e incontestáveis. Já basta os quatro anos de burrice e mau-caratismo que estão por vir.
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