Merece apanhar!
Declarações recentes do Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim:
"Deveríamos ter uma política industrial em que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pudesse ser usado para financiar investimentos na Argentina. Isso melhoraria a situação. Seria bom para a Argentina e bom para o Brasil. O Brasil deveria fazer mais pela Argentina do que tem feito".
"Em todas as nossas ações procuramos agir de maneira coordenada com a Argentina; ela é sempre a primeira a ser ouvida, sempre que se trata de alguma proposta nova. Agora, é normal que dois países importantes como Brasil e Argentina possam ter algum ponto de diferença, mas nossa aliança é estratégica".
"(...)a importância estratégica que o Brasil atribui, prioritariamente, acima de qualquer outra relação, à Argentina".
Olho para declarações como essas e não sei se rio ou se choro. Rio da patetice ou choro porque sei que estou pagando o custo da ilusão de potência regional que esse atual governo tem. O ministro se derrama em elogios a um país que nos hostiliza há pelo menos dois anos, que ergue barreiras a nossos produtos, dando uma senhora banana para o Mercosul moribundo tão caro às ilusões terceiro-mundistas do senhor ministro. Enquanto os americanos, que há anos nos oferecem a perspectiva de um livre-comércio de verdade, são solenemente ignorados por nossos inteligentíssimos diplomatas.
O que me faz lembrar uma amiga de minha mãe, que trabalhava duro para sustentar um marido que não fazia nada, torrava seu dinheiro em bebedeira e prostitutas baratas, e ainda a surrava. Mas ela não levantava a voz para falar mal do traste, e ainda partia para a briga com quem quer que insinuasse que o caráter de seu esposo tivesse a menor mácula que fosse. Na época eu era criança, e tinha muita pena daquela mulher que batalhava tanto e recebia em troca só sofrimento do marido ordinário que tinha.
Hoje vejo que ela não era digna de pena, e sim de desprezo. Era uma personalidade masoquista, que só podia se comprazer em sofrer. Sua atitude não era de sereno heroísmo, mas sim de abjeta servilidade. Ademais, como diz uma amiga minha, todo bicho que tem pena dá o rabo e sai voando. Para o diabo a pena, tudo que ele fizesse com ela ainda era pouco. Ao defendê-lo, ela provava merecer o marido que tinha.
Agora vejo na atitude do ministro a mesma atitude dessa amiga da minha mãe. O Brasil perante a Argentina é a mulher servil e humilde, que não reclama das surras que sofre, e ainda fica felicíssima com qualquer migalha de atenção que recebe, e ainda reage agressiva a qualquer um que tente ajudá-la ou oferecê-la uma perspectiva melhor. É o perfeito integrante da tchandala nietzscheana, que merece todo o sofrimento que lhe for impingido e mais um pouco. Desejo que a Argentina nos espanque ainda mais. Que imponha restrições à entrada de brasileiros. Que boicote todos os nossos produtos. Que sabote todos os nossos esforços diplomáticos a nível internacional. Quem sabe se apanhar bastante nossa diplomacia aprende.
"Deveríamos ter uma política industrial em que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pudesse ser usado para financiar investimentos na Argentina. Isso melhoraria a situação. Seria bom para a Argentina e bom para o Brasil. O Brasil deveria fazer mais pela Argentina do que tem feito".
"Em todas as nossas ações procuramos agir de maneira coordenada com a Argentina; ela é sempre a primeira a ser ouvida, sempre que se trata de alguma proposta nova. Agora, é normal que dois países importantes como Brasil e Argentina possam ter algum ponto de diferença, mas nossa aliança é estratégica".
"(...)a importância estratégica que o Brasil atribui, prioritariamente, acima de qualquer outra relação, à Argentina".
Olho para declarações como essas e não sei se rio ou se choro. Rio da patetice ou choro porque sei que estou pagando o custo da ilusão de potência regional que esse atual governo tem. O ministro se derrama em elogios a um país que nos hostiliza há pelo menos dois anos, que ergue barreiras a nossos produtos, dando uma senhora banana para o Mercosul moribundo tão caro às ilusões terceiro-mundistas do senhor ministro. Enquanto os americanos, que há anos nos oferecem a perspectiva de um livre-comércio de verdade, são solenemente ignorados por nossos inteligentíssimos diplomatas.
O que me faz lembrar uma amiga de minha mãe, que trabalhava duro para sustentar um marido que não fazia nada, torrava seu dinheiro em bebedeira e prostitutas baratas, e ainda a surrava. Mas ela não levantava a voz para falar mal do traste, e ainda partia para a briga com quem quer que insinuasse que o caráter de seu esposo tivesse a menor mácula que fosse. Na época eu era criança, e tinha muita pena daquela mulher que batalhava tanto e recebia em troca só sofrimento do marido ordinário que tinha.
Hoje vejo que ela não era digna de pena, e sim de desprezo. Era uma personalidade masoquista, que só podia se comprazer em sofrer. Sua atitude não era de sereno heroísmo, mas sim de abjeta servilidade. Ademais, como diz uma amiga minha, todo bicho que tem pena dá o rabo e sai voando. Para o diabo a pena, tudo que ele fizesse com ela ainda era pouco. Ao defendê-lo, ela provava merecer o marido que tinha.
Agora vejo na atitude do ministro a mesma atitude dessa amiga da minha mãe. O Brasil perante a Argentina é a mulher servil e humilde, que não reclama das surras que sofre, e ainda fica felicíssima com qualquer migalha de atenção que recebe, e ainda reage agressiva a qualquer um que tente ajudá-la ou oferecê-la uma perspectiva melhor. É o perfeito integrante da tchandala nietzscheana, que merece todo o sofrimento que lhe for impingido e mais um pouco. Desejo que a Argentina nos espanque ainda mais. Que imponha restrições à entrada de brasileiros. Que boicote todos os nossos produtos. Que sabote todos os nossos esforços diplomáticos a nível internacional. Quem sabe se apanhar bastante nossa diplomacia aprende.
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