sábado, janeiro 07, 2006

Ele confessou. E agora?

Entrevista de Jorge Bornhausen:

Veja – O PFL é o partido da direita brasileira?

Bornhausen – O PFL é um partido de centro. Por opção, pertencemos à Internacional Democrata de Centro, que defende um liberalismo social. Não pertencemos à Internacional Liberal, que é puramente liberal. Somos de centro porque, de um lado, estamos distantes do imobilismo conservador. E, do outro, longe do populismo demagógico.

Veja – Por que ninguém assume ser de direita no Brasil?

Bornhausen – A direita não cabe dentro do figurino brasileiro. Temos de considerar nossas condições sociais. Não podemos querer uma economia de mercado pura, sem um Estado regulador. Temos de fazer com que o Estado seja um instrumento a serviço do cidadão, especialmente o menos favorecido. Sem isso, os pobres não terão oportunidades justas nem seus direitos básicos preservados. Não é a questão de Estado máximo e Estado mínimo, mas do Estado necessário.

Veja – O senhor tem medo de ser classificado como de direita?

Bornhausen – Não se trata de medo, é que não há como existir direita em um país que não é desenvolvido.

Veja – Reformulando: o PFL é o partido mais à direita no espectro político brasileiro?

Bornhausen – Não. Há partidos que se colocam muito mais à direita, como o PP e o PTB. Ambos com intensa convivência com Lula e seu governo. Não somos de direita, mas direitos.

Veja – O que o senhor quis dizer quando se declarou "encantado" com a possibilidade de tornar-se "livre dessa raça pelos próximos trinta anos", ao referir-se aos petistas?

Bornhausen – O termo "raça" não teve nenhuma relação com etnia. Eu me referia aos corruptos ou corruptores que estavam no governo. Mas intelectuais e sindicalistas ideologicamente empedernidos quiseram transformar isso em um ato de racismo e estenderam seu significado como se fosse uma palavra contra a esquerda. O PDT e o PPS são de esquerda e de oposição. Os criadores do P-SOL foram expulsos do PT. Nada têm a ver com os corruptos. Para tentar me desmoralizar, houve quem produzisse cartazes em que eu aparecia como Hitler. Aquilo, sim, foi um ato de racismo nazi-fascista. A polícia de Brasília identificou os autores dos cartazes. Um líder sindical, Avel de Alencar, e seu irmão, Alvemar, encomendaram esses cartazes ao senhor Marcos Wilson, que era assessor da liderança do PT na Câmara em Brasília.


Pois é, agora quero ver alguém dizer que o PFL é "de direita". Se bem que o que não faltam são maniqueístas que se acham "os tolerantes", e que simplesmente classificam a direita como sendo "do mal" e a esquerda como sendo "do bem". Mas não estou preocupado em falar àqueles que não conseguem distinguir política de um episódio de Star Wars, classificando todos como Luke Skywalker ou Darth Vader.

Adorei a entrevista porque ela revelou de forma explícita aquilo que eu já sabia há muito tempo: o PFL nunca andou perto de ser um partido "Liberal", e direita no dicionário político tupiniquim é um opróbio que ninguém deseja carregar. Mais: mostrou a completa falência da definição esquerda-direita, que como todo maniqueísmo, é idiotice utilizada por imbecis. Sou muito mais o plano político adotado pelo Political Compass, o melhor teste de posicionamento político-ideológico do qual já tomei conhecimento.E depois vejam uma análise dos aspectos do teste feita pelo Luiz Simi. Qualquer dia desses eu refaço o teste e publico o resultado aqui.


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