domingo, dezembro 11, 2005

continuação...


Prosseguindo nas análises do sorteio dos grupos, hoje as chaves E a H.

Grupo E

Podemos intitulá-lo de grupo da morte II. Gana está respaldada por uma boa campanha na fase de qualificação e pelo meia Michel Essien, que teve uma ótima temporada em 2004 pelo Lyon e custou seu peso em ouro ao Chelsea. Os Estados Unidos chegaram às quartas no último mundial e têm vários atletas atuando em campeonatos europeus, além de um certame nacional cada vez mais competitivo. Os integrantes europeus da chave, então, dispensam apresentações: a Itália, tricampeâ mundial e com atletas do calibre de Totti e Gilardino, e a República Tcheca, semifinalista da última Eurocopa e que contará com o melhor meiocampista do mundo no momento, Pavel Nedved, além do melhor goleiro do mundo (Cech) e o artilheiro do último campeonato europeu, Milan Baros. Tem time para brigar pelo título.

Grupo F

Não é uma chave fácil. Dessa vez os brazucas não terão nenhum saco de pancada na primeira fase. Croácia e Japão empataram com a seleção em jogos recentes e possuem atletas de alto nível, como os croatas Srna e Kranjcar e os japoneses Kaji e Nakamura. A Austrália também possui um elenco forte e experiente, com destaque para os meias Kewell e Cahill e o veterano Viduka. Apesar disso, o Brasil é favorito ao primeiro lugar, pela tradição e pelos atletas que tem, embora muito provavelmente não consiga ganhar os três jogos. O segundo classificado será aquele que conseguir tirar pontos do time de Parreira.

Grupo G
Dessa vez os franceses escaparam de uma chave difícil como a que pegaram na copa passada. O elenco de Les Bleus é respeitável, e se seus principais jogadores conseguirem se apresentar ao melhor nível, os franceses se credenciam a sonhar com o título. Os sul-coreanos, por sua vez, não jogarão em casa, nem são considerados azarões como em 2002. Por outro lado, vários jogadores já atuam nos melhores clubes da Europa, como Park Ji-Sung e Lee Yong-Pyo, que tiveram uma temporada excepcional pelo PSV Eindhoven. a Suíça resistiu bem a um grupo complicado nas eliminatórias, eliminou a Turquia em Istambul e tem uma equipe coesa e taticamente bem organizada. Se o meia Ziegler revelar todo seu potencial, os suíços podem surpreender muita gente que os estavam considerando a seleção européia mais fraca dentre as apuradas. Já o Togo, bem, à exceção do atacante Adebayor, parece não ter muito o que mostrar. Mas sabe como é, seleções africanas que chegaram com cotação baixa já aprontaram das suas. Vide o Senegal, que, aliás, perdeu a vaga na Alemanha justamente para os togoleses...

Grupo H

A Espanha penou nas eliminatórias, mas mesmo assim conseguiu pela terceira copa seguida uma cabeça de chave. No papel o elenco espanhol é até respeitável: Luis García, Raúl, Torres... Só que as últimas campanhas espanholas demonstraram que falta coesão ao time, pelo que só são favoritos a passar de fase por terem caído num grupo fácil. A Ucrânia finalmente acabou com a sina de morrer na praia em eliminatórias com uma campanha incontestável, tem um elenco equilibrado e um dos melhores centroavantes, senão o melhor, do mundo no momento. Se Shevchenko se exibir ao ápice, a Ucrânia pode chegar às quartas, ou mesmo a uma semifinal. os tunisianos chegam menos cotados, mas dessa vez com um time mais forte dos que nos mundiais anteriores. Namouchi, Benachour e Guemmadia podem fazer os magrebinos surpreender. Por fim, a Arábia Saudita chega ao quarto mundial seguido. Bom para eles, mas só conseguiram ganhar de alguém em 1994, onde contaram com a ajuda providencial do horário dos jogos, disputados ao sol escaldante do meio-dia. Farão muita vantagem se não tomarem goleadas históricas, como os 8x0 para a Alemanha quatro anos atrás. Ou seja, Shevchenko é um ótimo candidato a artilheiro do mundial.


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