Remember, remember the second of September...
Neste momento em que irrompe pelas trevas da madrugada a data na qual eu viria ao mundo vinte e três anos atrás, eu estou fumando na janela, ouvindo bizarre love triangle (sem motivação específico, ela não remete a nada especial na minha vida) e lembrando-me das noites quentes do final do ano passado, o período mais feliz de toda a minha vida que até agora não mais se repetiu.
Aniversários para mim não são datas para relembrar o passado. Sua principal função é nos conscientizar de nossa mortalidade, é como o despertador de um relógio que nos lembra de que o tempo está passando, que temos que fazer algo. Agora, olhando para o mundo lá fora, eu lembro que ele existiu durante bilhões de anos antes de meu nascimento, e ainda existirá por muitos bilhões depois de meu desaparecimento. Minha existência não cobrirá nem um bilionésimo do tempo de vida total do cosmo.
Mas para o indivíduo nada disso importa.
Para mim o mundo começa a existir dia 2 de setembro de 1983. Um dia ele terminará de existir para mim, e eu para ele. Se realmente somos apenas um agregado de matéria organizada de forma extremamente complexa e com capacidade de pensar e refletir sobre o mundo e sobre si mesmo, fico contente de ser um agregado de matéria que vê além e sabe qual o seu verdadeiro lugar no esquema geral das coisas.
Sinto a vida em cada momento, a cada segundo. A cada baforada do cigarro, a cada gole de ar que inalo nesta madrugada calma, a cada sopro da brisa fraca que sopra. No farfalhar das folhas nas árvores, na tristonha indiferença das construções, na impavidez colossal do céu que se expande sem limites sobre minha cabeça. Na Lua crescente que lá ao longe continua sua marcha imemorial em torno deste planeta, e que se fosse um ser pensante quedar-se-ia admirada ao lembrar das sucessivas gerações de seres racionais e irracionais que contemplaram sua beleza singela e fria no transcorrer das eras. Sinto-a no ritmo pausado e no calor de minha respiração, no batimento monocórdio do meu coração, no sangue que sinto pulsar em minhas veias, no gato que passa ao longe sobre o muro e me encara com suas esferas reluzentes. Penso nos meus amigos que morreram e nos que ainda estão por aqui, sabe-se lá por quanto tempo.
Neste momento gostaria apenas de gritar para o mundo o aspecto fantástico e maravilhoso de estar vivo. E agradecer ao cosmo imenso que lá fora continua em sua evolução indiferente à minha existência por ter dado uma chance para que a vida nele vingasse. Eu sou parte deste fenômeno sensacional e bizarro chamado vida. E com todas as formas de vida deste universo eu gostaria de compartilhar essa alegria.
Aniversários para mim não são datas para relembrar o passado. Sua principal função é nos conscientizar de nossa mortalidade, é como o despertador de um relógio que nos lembra de que o tempo está passando, que temos que fazer algo. Agora, olhando para o mundo lá fora, eu lembro que ele existiu durante bilhões de anos antes de meu nascimento, e ainda existirá por muitos bilhões depois de meu desaparecimento. Minha existência não cobrirá nem um bilionésimo do tempo de vida total do cosmo.
Mas para o indivíduo nada disso importa.
Para mim o mundo começa a existir dia 2 de setembro de 1983. Um dia ele terminará de existir para mim, e eu para ele. Se realmente somos apenas um agregado de matéria organizada de forma extremamente complexa e com capacidade de pensar e refletir sobre o mundo e sobre si mesmo, fico contente de ser um agregado de matéria que vê além e sabe qual o seu verdadeiro lugar no esquema geral das coisas.
Sinto a vida em cada momento, a cada segundo. A cada baforada do cigarro, a cada gole de ar que inalo nesta madrugada calma, a cada sopro da brisa fraca que sopra. No farfalhar das folhas nas árvores, na tristonha indiferença das construções, na impavidez colossal do céu que se expande sem limites sobre minha cabeça. Na Lua crescente que lá ao longe continua sua marcha imemorial em torno deste planeta, e que se fosse um ser pensante quedar-se-ia admirada ao lembrar das sucessivas gerações de seres racionais e irracionais que contemplaram sua beleza singela e fria no transcorrer das eras. Sinto-a no ritmo pausado e no calor de minha respiração, no batimento monocórdio do meu coração, no sangue que sinto pulsar em minhas veias, no gato que passa ao longe sobre o muro e me encara com suas esferas reluzentes. Penso nos meus amigos que morreram e nos que ainda estão por aqui, sabe-se lá por quanto tempo.
Neste momento gostaria apenas de gritar para o mundo o aspecto fantástico e maravilhoso de estar vivo. E agradecer ao cosmo imenso que lá fora continua em sua evolução indiferente à minha existência por ter dado uma chance para que a vida nele vingasse. Eu sou parte deste fenômeno sensacional e bizarro chamado vida. E com todas as formas de vida deste universo eu gostaria de compartilhar essa alegria.
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