Em busca de refúgio
Vou me ausentar durante uns dez dias. Nunca precisei tanto me isolar do mundo quanto agora.
Daqui até fevereiro, nem encostarei em computador. Vou (tentar) traçar as metas do ano: arrumar um trampo, turbinar meu inglês e começar a aprender alemão, ler as obras do Gabriel García Márquez, e, meta primeira, começar a ler A Rebelião das Massas, de José Ortega y Gasset. Depois de anos com cabelo no meio das costas, tenho que me habituar à careca. Já superei o trauma inicial, mas ainda sinto saudade de minhas longas madeixas castanhas.
E vou tentar ouvir as sinfonias de Beethoven numa cidade do interior do nordeste onde quem não ouve forró é um ser de outro planeta. Parece papo de místico, mas eu sinto que elas têm algo profundo a me dizer.
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