Dois breves comentários
Nesse período de ausência, o mundo muçulmano mais uma vez voltou a estar em evidência. E negativamente, como não podia deixar de ser.
Primeiro, o partido dos homens-bomba chega ao poder na Palestina. O que, na verdade, é muito bom. Agora não haverá mais espaço para as mentiras, a corrupção, a incompetência e a vacilação da Fatah. O legado de Arafat ia ruir em algum momento, pois foi construído em cima de alicerces podres. Mas eu não esperava que fosse tão rápido.
Agora é tudo ou nada. Só o Hamas pode fazer a paz, assim como só ele pode decretar a guerra total. Conciliação ou aniquilação, são as duas únicas alternativas. Parece que finalmente esse quiproqüó vai chegar a um fim.
A outra, mais recente, é a polêmica das charges de Maomé. Enquanto os governos ocidentais se cagam de medo e os muçulmanos vomitam ameaças, os jornais do mundo inteiro estão dando um show de coragem e honradez, ao não se curvar de joelhos perante a intolerância dos amputadores de clitóris. Enquanto isso, os jornais brasileiros se limitam a reproduzir a Querela das Gravuras, sem tomar uma posição firme a favor da liberdade de expressão. O que só confirma o fato de que ainda não evoluimos o suficiente para fazermos parte disso que se convencionou chamar de civilização ocidental. E sei que não haverá de faltar covardes que aceitem prostituir sua liberdade em troca de seus pescoços imundos.
Quem não luta pela sua liberdade não merece tê-la.
<< Home