Um aceno de esperança
Nesse ano de decepções eleitorais profundas, ao menos uma descoberta me fez reavivar as esperanças. Estando próximo de pessoas ligadas ao movimento estudantil dentro da minha universidade, constatei que muitos deles despertaram para a necessidade de "despartidarização" da burocracia estudantil (CAs, DCEs, etc.). Sei que bom mesmo é que nem existissem, mas depois de ver essas instituições passarem duas décadas fazendo campanha para o PT e o PC do B, já é alguma coisa saber que eles finalmente perceberam que esse aparelhamento prejudica os interesses daqueles que essa burocracia, ao menos em tese, deveria defender.
Não me iludo, sei que eles são de esquerda e defendem as mesmas idéias ultrapassadas pelos fatos. Mas ver aqui gente defendendo a completa desvinculação entre entidades de classe e partidos políticos me faz pensar que nem tudo está perdido. Afinal de contas, não sou utópico e sei que a esquerda não vai desaparecer de uma hora para outra (nem seria bom que isso acontecesse, democracia e diversidade são indissociáveis), ainda mais num país como o Brasil, onde ela é hegemônica. Resta torcer para que a banda idealista da esquerda suplante, ainda que gradativamente, a canalha, e mais importante, que não se acanalhe durante a travessia.
A situação é grave, e não será contornada se continuarmos arraigados em disputas ideológicas infrutíferas. Encontramos algo em comum entre o que esses caras defendem e aquilo que nós defendemos (fim da intervenção política em entidades de classe). Então vamos trabalhar em conjunto para derrubar as máfias politiqueiras que empestam sindicatos, "movimentos sociais" e entidades classistas em geral. Vai haver eleição no DCE de sua universidade ou no sindicato de sua categoria? Procure as chapas sem vinculação com partidos políticos e vote nelas. O PT tem seus alicerces fincados nas direções sindicais. Perdendo esse substrato, o partido afunda.
Não me iludo, sei que eles são de esquerda e defendem as mesmas idéias ultrapassadas pelos fatos. Mas ver aqui gente defendendo a completa desvinculação entre entidades de classe e partidos políticos me faz pensar que nem tudo está perdido. Afinal de contas, não sou utópico e sei que a esquerda não vai desaparecer de uma hora para outra (nem seria bom que isso acontecesse, democracia e diversidade são indissociáveis), ainda mais num país como o Brasil, onde ela é hegemônica. Resta torcer para que a banda idealista da esquerda suplante, ainda que gradativamente, a canalha, e mais importante, que não se acanalhe durante a travessia.
A situação é grave, e não será contornada se continuarmos arraigados em disputas ideológicas infrutíferas. Encontramos algo em comum entre o que esses caras defendem e aquilo que nós defendemos (fim da intervenção política em entidades de classe). Então vamos trabalhar em conjunto para derrubar as máfias politiqueiras que empestam sindicatos, "movimentos sociais" e entidades classistas em geral. Vai haver eleição no DCE de sua universidade ou no sindicato de sua categoria? Procure as chapas sem vinculação com partidos políticos e vote nelas. O PT tem seus alicerces fincados nas direções sindicais. Perdendo esse substrato, o partido afunda.
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