E ainda dizem que essa #$@%$# é "neoliberal"...
Quentinha, via De Gustibus: A Gol tentou, em 2004, lançar uma promoção de passagens a R$ 50,00 para vários vôos. Ou seja, durante algum tempo, viajar de avião seria mais barato que andar de ônibus. Só que o DAC (Departamento de Aviação Comercial) vetou a promoção por considerá-la "lesiva à concorrência".
O setor de aviação do Brasil é uma espécia de apanágio de tudo que há de errado no Brasil, e demonstra o quanto nós estamos distantes de uma sociedade economicamente liberal, a despeito do que muita gente que sequer sabe o que é liberalismo teima em dizer. Empresas áereas estrangeiras não podem operar em vôos nacionais, e mesmo a participação delas em vôos para o exterior é reduzida, apesar das tarifas serem no mínimo 100% mais baratas que as praticadas pelas companhias nacionais. Além disso, existe um protecionismo para garantir que um punhado de companhias dominem o mercado nacional.
Quais as conseqüências da "proteção" de nosso mercado de aviação comercial? Voar até hoje é proibitivo até para a classe média nacional. Com isso, milhões de pessoas deixam de fazer viagens rápidas e seguras para enfrentar as precárias estradas nacionais e ajudar a aumentar as estatísticas de mortes no trânsito. Avante Brasil, rumo ao primeiro lugar em mortes na estrada!
Aplicando-se os princípios econômicos liberais, o mercado seria totalmente aberto à concorrência interna e externa. O preço das passagens despencaria, e com promoções e parcelamentos, até a classe média baixa brasileira poderia experimentar as comodidades do transporte aéreo. Mais companhias operando significam mais empregos, e mais empregos significa crescimento econômico.
Mas dizem que um país cheio de protecionismos e reservas de mercado é liberal. E quem diabos seria liberal, afinal? A Coréia do Norte?
Perguntas, perguntas...
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