Já Estão Sobre Duas Patas!
Quem leu A Revolução dos Bichos, do genial George Orwell deve ter captado o significado da frase acima. Para os que não leram, aqui vai um breve resumo. Na obra, uma crítica ao mesmo tempo sagaz e ferina à Revolução Russa, os porcos de uma fazendola começam a insuflar os outros animais a se rebelar contra os homens. Cunham até uma doutrina denominada animalismo, na qual todos os bichos são iguais e os homens são o mal comum que a todos assola e do qual todos devem se livrar. Aproveitando a inépcia do fazendeiro, homem alcoólatra e negligente, conseguem eles expulsar os homens e proclamar a Granja do Solar (era o nome do sítio), agora rebatizada de Granja dos Bichos, o primeiro território livre da Inglaterra para os animais.
Mal conquistam o poder, ops, a liberdade, os porcos começam a divergir. Napoleão e Bola de Neve, os comandantes da sublevação, querem dar rumos diferentes à Revolução. O primeiro acha mais importante consolidar a conquista que realizaram, enquanto Bola de Neve deseja expandir a revolução até que não haja um só bicho sob o poder de um ser humano em todo o país. Ambos iniciam uma surda e intensa luta pelo poder, vencida por Napoleão no momento em que este coopta os cachorros e os demais porcos, isolando política e militarmente o popular Bola de Neve, que é obrigado a fugir.
Com o passar do tempo, o rígido código de ética estabelecido no princípio da Revolução vai sendo relaxado e relativizado. “Nenhum animal matará outro animal” vira ““Nenhum animal matará outro animal, sem motivo”. “Animais não devem ingerir álcool” ganha uma vírgula e um em excesso. E por aí vai. Até que no final, o último dos lemas, o quatro pernas, bom, duas pernas, ruim, se transforma em quatro pernas bom, duas pernas, MELHOR, no momento em que os porcos, acreditando que já consolidaram o poder total sobre as demais criaturas da fazenda, resolvem se levantar sobre as duas pernas, vestir roupas, e até convidar outros donos de fazendas vizinhas (humanos, claro), para festas onde bebem, dançam, jogam, e como deixa claro a última frase do livro, se tornam indistinguíveis dos homens.
Que o enredo de A Revolução dos Bichos cai como uma luva em todos os governos socialistas e naquele que atualmente nos governa, não é nenhuma novidade, Diogo Mainardi já o havia mencionado há uns dois anos. O que eu quero ressaltar é que estamos chegando nos estágios finais do enredo, aquele no qual os outrora paladinos da ética e da liberdade já não se preocupam em disfarçar suas sujeiras, aquele no qual a desfaçatez é substituída pelo deboche explícito. Quem viu a deputada Ângela Guadagnin, do PT paulista, dançando alegre e faceira após mais uma apologia ao crime promovida por ela e pela maioria de seus pares e também leu a obra em questão deve ter identificado claramente o ato da parlamentar com o momento em que os porcos desfilam diante dos outros erguidos sobre duas patas e brandido os chicotes que eram marcas registradas e inconfundíveis da opressão humana. As pessoas olham para petistas, pefelistas, peemedebistas, et caterva, e não conseguem mais distinguir uns dos outros.
A observação, aliás, pode ser um alerta: há outros porcos caminhando pelos traçados tortuosos do chiqueiro da política, só que em outros estágios de evolução. Principalmente para os que vêem nos PSOL’s, PCB’s e PSTU’s da vida a salvação da nação confiada a homens íntegros e incorruptíveis. Lembrem que os porcos petistas que hoje se erguem sobre as patas traseiras e nos fustigam com chicotadas de desesperança há bem pouco tempo pareciam ser tão éticos e imaculados quanto estes parecem hoje. Assim como todo partido socialista antes de chegar ao poder parece ético e imaculado. Aliás, lembrem que muitos dos que hoje militam nessas agremiações ficaram anos, décadas até, nas hostes do outrora puro e hoje enlameado Partido dos Trabalhadores. Agora que foram alijados do bem-bom, resolvem criticar e dizer que os petistas são traiçoeiros e enganadores. Tiveram tempo, muito tempo, para advertir o país antes que este empossasse a atual corja encastelada no Palácio do Planalto. Por que só vieram avisar depois de ser expulsos do partido? Por que Heloísa Helena demorou tanto tempo para dizer ao país que Lula “é daqueles que conversa com você pela frente enquanto manda te esfaquearem pelas costas”? Por que Hélio Bicudo demorou tanto tempo para dizer que Lula é “um mestre em jogar a sujeira para debaixo do tapete?” Por que Paulo de Tarso Vencesláu demorou tanto para dizer que sua expulsão foi motivada, entre outras coisas, por existir um esquema de arrecadação ilegal de dinheiro nos cofres de prefeituras administradas pelo PT? A atitude deles foi idêntica à de Roberto Jefferson, que só entregou a quadrilha quando esta queria afastá-lo de participação no saque.
Errar uma vez é humano. Errar duas é burice.
Mal conquistam o poder, ops, a liberdade, os porcos começam a divergir. Napoleão e Bola de Neve, os comandantes da sublevação, querem dar rumos diferentes à Revolução. O primeiro acha mais importante consolidar a conquista que realizaram, enquanto Bola de Neve deseja expandir a revolução até que não haja um só bicho sob o poder de um ser humano em todo o país. Ambos iniciam uma surda e intensa luta pelo poder, vencida por Napoleão no momento em que este coopta os cachorros e os demais porcos, isolando política e militarmente o popular Bola de Neve, que é obrigado a fugir.
Com o passar do tempo, o rígido código de ética estabelecido no princípio da Revolução vai sendo relaxado e relativizado. “Nenhum animal matará outro animal” vira ““Nenhum animal matará outro animal, sem motivo”. “Animais não devem ingerir álcool” ganha uma vírgula e um em excesso. E por aí vai. Até que no final, o último dos lemas, o quatro pernas, bom, duas pernas, ruim, se transforma em quatro pernas bom, duas pernas, MELHOR, no momento em que os porcos, acreditando que já consolidaram o poder total sobre as demais criaturas da fazenda, resolvem se levantar sobre as duas pernas, vestir roupas, e até convidar outros donos de fazendas vizinhas (humanos, claro), para festas onde bebem, dançam, jogam, e como deixa claro a última frase do livro, se tornam indistinguíveis dos homens.
Que o enredo de A Revolução dos Bichos cai como uma luva em todos os governos socialistas e naquele que atualmente nos governa, não é nenhuma novidade, Diogo Mainardi já o havia mencionado há uns dois anos. O que eu quero ressaltar é que estamos chegando nos estágios finais do enredo, aquele no qual os outrora paladinos da ética e da liberdade já não se preocupam em disfarçar suas sujeiras, aquele no qual a desfaçatez é substituída pelo deboche explícito. Quem viu a deputada Ângela Guadagnin, do PT paulista, dançando alegre e faceira após mais uma apologia ao crime promovida por ela e pela maioria de seus pares e também leu a obra em questão deve ter identificado claramente o ato da parlamentar com o momento em que os porcos desfilam diante dos outros erguidos sobre duas patas e brandido os chicotes que eram marcas registradas e inconfundíveis da opressão humana. As pessoas olham para petistas, pefelistas, peemedebistas, et caterva, e não conseguem mais distinguir uns dos outros.
A observação, aliás, pode ser um alerta: há outros porcos caminhando pelos traçados tortuosos do chiqueiro da política, só que em outros estágios de evolução. Principalmente para os que vêem nos PSOL’s, PCB’s e PSTU’s da vida a salvação da nação confiada a homens íntegros e incorruptíveis. Lembrem que os porcos petistas que hoje se erguem sobre as patas traseiras e nos fustigam com chicotadas de desesperança há bem pouco tempo pareciam ser tão éticos e imaculados quanto estes parecem hoje. Assim como todo partido socialista antes de chegar ao poder parece ético e imaculado. Aliás, lembrem que muitos dos que hoje militam nessas agremiações ficaram anos, décadas até, nas hostes do outrora puro e hoje enlameado Partido dos Trabalhadores. Agora que foram alijados do bem-bom, resolvem criticar e dizer que os petistas são traiçoeiros e enganadores. Tiveram tempo, muito tempo, para advertir o país antes que este empossasse a atual corja encastelada no Palácio do Planalto. Por que só vieram avisar depois de ser expulsos do partido? Por que Heloísa Helena demorou tanto tempo para dizer ao país que Lula “é daqueles que conversa com você pela frente enquanto manda te esfaquearem pelas costas”? Por que Hélio Bicudo demorou tanto tempo para dizer que Lula é “um mestre em jogar a sujeira para debaixo do tapete?” Por que Paulo de Tarso Vencesláu demorou tanto para dizer que sua expulsão foi motivada, entre outras coisas, por existir um esquema de arrecadação ilegal de dinheiro nos cofres de prefeituras administradas pelo PT? A atitude deles foi idêntica à de Roberto Jefferson, que só entregou a quadrilha quando esta queria afastá-lo de participação no saque.
Errar uma vez é humano. Errar duas é burice.
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