terça-feira, abril 17, 2007

Olha a síndrome terceiro-mundista aí, gente!

Acabei de assistir a Olga por pura falta do que fazer. E até que provocou algumas reflexões:

O filme é ruim, admitamos. Os personagens alemães falam um português fluente e sem sotaque entre si, mas aqui e ali você escuta alguns deles falando em alemão com algum figurante, para em seguida virar-se para o outro e voltar ao português impecável. Que abraçassem o monoglotismo de vez ou ousassem colocar os intérpretes de estrangeiros para falar a língua de seus personagens. A Globo ousou fazê-lo no capítulo do Linha Direta sobre Joseph Mengele e ficou muito bom.

Caco Ciocler e Camila Morgado convencem, desempenham bem os papéis que lhes colocaram em mãos. Mas o idealismo foi exagerado às raias do panfletarismo. É confortável mascarar a verdade de que Olga era uma agente a serviço de um governo estrangeiro, e se tivesse sido bem sucedida, teria colocado o Brasil à mercê de seus patrões. Uma cena do início chama a atenção: a Jovem Olga diz "na União Soviética falta tudo, até comida, mas há liberdade". Isso na época em que o Terror Vermelho assassinava todos aqueles julgados perigosos à revolução e todo o aparato opressivo do totalitarismo stalinista, da Tcheká ao Gulag, já estava montado.

Olga era agente de um regime totalitário e vítima de outros dois regimes igualmente totalitários. Seu patrão, Stalin, matou mais gente que Hitler e Vargas juntos e ainda sobrava troco. Na mesma época em que Olga tentava nos submeter a Moscou, a União Soviética vivia o auge do Grande Expurgo, que teria matado em torno de 3 milhões de pessoas e deportado mais de 12 milhões para campos de concentração. Aliás, os campos de concentração pelos quais ela passou no final da vida foram copiados e tinham como inspiração seus congêneres soviéticos. O Gulag precede Dachau em 16 anos, e Kolyma, Magadan e Vorkuta já funcionavam a pleno vapor num tempo em que Auschwitz era apenas o nome germanizado de uma obscura cidadezinha da Polônia ocidental.

Resumindo: o filme é propaganda comunista tendenciosa e mentirosa financiada com o nosso dinheiro. E mais um grande exemplo de nossa síndrome terceiro-mundista: na falta de heróis nacionais, fizemos um de uma militante estrangeira que tentou nos transformar em colônia soviética. Olga não sofreu nada que o regime que ela defendia não tenha infligido a milhões de outras pessoas. Foi, no final das contas, vítima da própria convicção revolucionária. Com certeza é uma heroína comunista. Brasileira, jamais.


Meu Profile No Orkut
Bjorn Lomborg
Instituto Millenium
Apostos
Instituto Federalista
Women On Waves
Instituto Liberal
Liberdade Econômica
NovoMetal
Mises Institute
Adam Smith Institute
Wunderblogs
Escola Sem Partido
Diogo Mainardi
Ateus.Net
Aventura das Partí­culas
Sociedade da Terra Redonda
Projeto Ockham
In Memoriam (Fotolog)
CocaDaBoa

O Pequeno Burguês
A Desjanela Dela
Alessandra Souza
Alexandre Soares Silva
Blog Da Santa
Breves Notas
Butija
Cris Zimermann
Canjicas
Diplomatizando
De Gustibus Non Est Disputandum
Fischer IT
FYI
Janer Cristaldo
Jesus, me Chicoteia
Leite de Pato
Liberal, Libertário, Libertino
Livre Pensamento
Meu Primeiro Blog
O Barnabé
Paulo Polzonoff
Pura Goiaba
Radical, Rebelde, Revolucionário
Rodrigo Constantino
The Tosco Way Of Life
Viajando nas Palavras

Anton Tchekhov
Boris Pasternak
Charles Baudelaire
Gabriel Garci­a Márquez
Henrik Ibsen
Pär Lagerkvist
Jack London
Nikos Kazantzakis
Oscar Wilde
Stendhal
William Somerset Maugham

Dogville
American Beauty
Dead Poets Society
A Beautiful Mind
M.A.S.H.
Crash
Once Upon A Time In America
Casablanca
Hotel Rwanda
Eternal Sunshine of a Spotless Mind
A Clockwork Orange
Gegen Die Wand
Pi
Pirates of Silicon Valley

A-Ha
After Forever
Anathema
Anno Zero
Ayreon
Black Sabbath
Emperor
Engenheiros do Hawaii
Helloween
Iced Earth
Iron Maiden
Judas Priest
Lacrimosa
Lacuna Coil
Limbonic Art
Moonspell
Pink Floyd
Scorpions
Stratovarius
The Dresden Dolls
The Sins Of Thy Beloved
Therion
Vintersorg

Bezerra da Silva
Carl Orff
Fágner
Falcão
Franz Liszt
Fryderik Chopin
Ludwig Von Beethoven
Raul Seixas
Richard Wagner
Sergei Prokofiev
Sergei Rachmaninov
Zé Ramalho

Ayn Rand
David Hume
Friedrich Nietzsche
Harold Bloom
José Ortega Y Gasset
Jean-Paul Sartre
John Stuart Mill


Se gostou desse blog, inclua um botão no seu site 

I support Denmark in its struggle for the freedom of speech