quinta-feira, junho 29, 2006

Não se fazem mais personagens xiliquentos como antigamente

Algumas rápidas olhadas na novela das oito me permitiram constatar algo muito interessante: as coisas que os personagens arremessam ao chão, contra as paredes ou contra seus desafetos (não necessariamente nesta ordem) estão caindo cada vez mais de valor. Sempre copos de vidro, taças chinfrins ou vasinhos minúsculos. Já se foram os tempos em que as personagens das novelas globais atiravam louças de porcelana chinesa na parede com a mesma despreocupação negligente com a qual se joga lixo nas ruas. Sinal dos tempos de contenção de gastos.

De certa forma, eu torço para que a Globo possa voltar a fornecer louça cara para suas atrizes estilhaçarem. Enquanto estiver mendigando financiamentos do BNDES ela vai continuar a ser agência de notícias do governo, seja ele qual for. Se ela já fazia isso nos tempos de bonança, imagine agora...

sexta-feira, junho 23, 2006

(Mais Uma) Constatação

O vínculo responsável pela manutenção da maioria dos relacionamentos nestes dias não é o amor, nem a paixão, nem admiração e respeito mútuos, nem conveniências econômicas e sociais, ou qualquer dessas coisas que sempre foram levadas em conta historicamente na hora de escolher um(a) companheiro(a). Nem mesmo é o tesão e a libidinagem, como pensam os mais conservadores.


A maioria dos relacionamentos que tenho a oportunidade de acompanhar de alguma forma se sustentam pelo puro e simples medo da solidão, de estar fora do mercado sexual, de medo de ganhar fama de encalhado. E por isso eles são a cada dia mais superficiais, efêmeros e frustrantes. Sem querer dar uma de careta, mas acho que a nossa geração já levou o "ficar" ao limite do paroxismo: não é raro ver pessoas se jactarem de ter ficado com 5, 10 ou 20 em uma festa e no dia seguinte estar reclamando de tédio e solidão. Se ainda fossem movidos por puro desejo sexual, durariam mais e fariam as pessoas se sentirem um pouco melhor; até mesmo porque o desejo sexual não deixa de ser uma forma de adoração, de paixão.


Enganam-se os que imaginam ser o mundo ocidental uma eterna e alegre orgia. Ao menos aqui por estas bandas as coisas andam mais com o aspecto de uma sessão de "terapia de casal" neurótica e infrutífera.

sábado, junho 17, 2006

Coisas que me irritam nesta Copa do Mundo

-Essa demonização generalizada dos argentinos, tidos como "inimigos" e "rivais". Todo mundo diz que "odeia argentino", ainda que nunca tenha conhecido um argentino na vida e nem saiba se a Argentina fica ao sul ou ao norte. O mais engraçado é que esse sentimento parece ser uma via de mão única: os três argentinos com quem tive chance de fazer contato dizem que adoram o Brasil.


-Comentaristas de arbitragem atribuindo cada erro de árbitros de países de menor expressão no futebol ao fato de serem de países de pouca expressão no mundo do futebol. Aí o brasileiro Carlos Simon faz uma arbitragem horrorosa e todo mundo fica de boca fechada. E ainda não querem ser criticados.


-Comentaristas de futebol dizendo que os africanos são "inocentes" e têm pouca experiência. Aí você repara que quase todos eles atuam em times europeus, muitos em clubes grandes e campeonatos competitivos, e se pergunta: se eles não são experientes, quem é?


-A mania dos jornalistas de mostrar a seleção treinando, a seleção fazendo coletivo, a seleção entrando no ônibus, a seleção fazendo reconhecimento de gramado, a seleção se recolhendo para dormir. Só não mostram os jogadores tomando banho para não ferir os pudores da família brasileira.


-Comentaristas de futebol (sempre eles!) dizendo que a Alemanha nunca soube jogar futebol de verdade, só "alguma coisa parecida com futebol". Se desse jeito eles chegaram a sete finais de Copa e ganharam três, imagine no dia em que eles aprenderem a jogar... E mais: de acordo com eles, Maier, Schumacher, Breitner, Rummenige, Matthäus, Klinsmann, Overath, Beckenbauer, Müller, Allofs, Völler, Hässler, Möller e tantos outros craques, não jogavam nada.


-Pessoas que não sabem diferenciar escanteio de tiro de meta se arrogando no direito de dar opinião sobre futebol. Se os comentaristas profissionais já são um pé no saco, imagine os amadores. Cruzes!


-Esse ufanismo boboca.


-A morte do Bussunda.

sexta-feira, junho 16, 2006

Uma vantagem de se ter um professor esquerdista...

É ouvir uma frase impagável como esta, proferida pelo dito-cujo quando ele indagava por que um aluno não estava lendo os textos que ele passava:

"É falta de dinheiro, meu filho? Olha, se você quiser, eu lhe ajudo a montar uma quadrilha para assaltar bancos. Eu fui militante do PT durante 20 anos, desse negócio de formar quadrilha eu entendo!"

quinta-feira, junho 15, 2006

Eu gostaria de ter escrito isso

Mas quem escreveu foi o Janer, certeiro como sempre, expressando com clareza um fato que até então eu só concebia como uma idéia vaga: há 500 anos estamos tentamos construir um país. Tudo o que conseguimos até agora foi um time de futebol. E nada mais.

sábado, junho 10, 2006

Duas provas cabais de que a democracia está em perigo

Projetos de lei como este.

Minha mãe, militante do PT durante 15 anos, pedindo que os militares derubem o Lula e voltem ao poder.

segunda-feira, junho 05, 2006

Um mantra para voluntários do CVV

Houve um tempo em que pensei em ser voluntário do CVV, porque sempre dei um conselho a todas as pessoas que se diziam desgostosas com a vida e com ímpetos suicidas: o mundo não é belo, digno e importante a ponto de merecer um sacrifício tão grande e irrevogável de sua parte. Por que dar a ele o gosto de se livrar de sua presença? Por que dar às pessoas que te fizeram sofrer a chance de chorar lágrimas de crocodilo pela sua morte e bancarem as sensíveis e consternadas?


Não sei se a psicologia endossa minha linha de raciocínio, mas o fato é que nas três vezes em que lancei mão desse conselho, consegui fazê-las voltar atrás. Dizer coisas melosas e com tom de auto-ajuda não funciona; soa falso, e além do mais, muitos outros já devem ter dito a mesma coisa antes.


Se é para haver redenção, que seja através do desdém e da ironia. A vida lhe deu as costas? Passe a mão na bunda dela!

sábado, junho 03, 2006

Coisas que me fazem rir

Um indivíduo estava defendendo a petralhada na comunidade da Universidade Estadual do Piauí no orkut, na qual eu estudei. Ao olhar o perfil dele, entendi o porquê: o sujeito passou no vestibular de uma universidade particular e se transferiu para a Estadual, pública. Detalhe: as duas ficam na mesma cidade, o que exclui qualquer possibilidade de transferência feita dentro da lei.

Se bem que estes eu até compreendo: estão se lambuzando com as benesses do Estado às nossas custas, têm mais é que defender a vida boa que levam. O que eu não entendo é outros que nada têm a ver com o partido que continuam a defendê-lo.

Acho que eu deveria estudar psicologia...

sexta-feira, junho 02, 2006

Dessa deu gosto de participar

Hoje na calourada da Universidade Federal do Piauí nós, estudantes, realizamos o "enterro simbólico" da UNE, aquela entidade estudantil comprada pelo governo com uma mesada milionária às expensas dos otários, ou seja, todos nós.
Senti que ainda não está tudo perdido. Apesar dos organizadores serem esquerdistas, ao menos eles bradaram muitas e boas verdades. Relataram como a UNE e a UJS se prestam ao papel de capachos do governo e falaram muito, muito mal do PT, PC do B e asseclas. Vejamos se eles farão campanha intensa contra o governo nessas eleições. A essa altura do campeonato qualquer voto que venha a sair do Barbudo é lucro, ainda que seja para a desvairada mal-comida da Heloísa Helena.


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