sábado, janeiro 21, 2006

Em busca de refúgio

Vou me ausentar durante uns dez dias. Nunca precisei tanto me isolar do mundo quanto agora.

Daqui até fevereiro, nem encostarei em computador. Vou (tentar) traçar as metas do ano: arrumar um trampo, turbinar meu inglês e começar a aprender alemão, ler as obras do Gabriel García Márquez, e, meta primeira, começar a ler A Rebelião das Massas, de José Ortega y Gasset. Depois de anos com cabelo no meio das costas, tenho que me habituar à careca. Já superei o trauma inicial, mas ainda sinto saudade de minhas longas madeixas castanhas.

E vou tentar ouvir as sinfonias de Beethoven numa cidade do interior do nordeste onde quem não ouve forró é um ser de outro planeta. Parece papo de místico, mas eu sinto que elas têm algo profundo a me dizer.

domingo, janeiro 15, 2006

Rumo à Segregação Racial

Quando o PT disse que vinha para implementar a mudança, muita gente achou que era só papo furado. Três anos depois, podemos ver que eles realmente pretendiam mudar o país... Para muito pior! Depois das tentativas frustradas de amordaçar a imprensa, o Ministério Público, a cultura, a internet (estou esquecendo de alguém?), agora vem mais uma medida típica de sociedades autoritárias: a instituição da segregação racial.

A simples existência do tal Estatuto da Igualdade Racial já é um erro, típico do pensamento esquerdista social-democrata que domina o país há vinte anos: o de que basta fazer uma lei dizendo que um problema será resolvido e ele o será. Com esse pensamento fizeram essa peça de populismo demagógico e irresponsável chamada Constituição de 1988, e estatuto por cima de estatuto foi feito para tentar sanar problemas vários. Todos se tornam letra morta em pouco tempo e só contribuem para o aumento do descrédito popular nas leis e nas Instituições nacionais.

Mas dessa vez as conseqüências podem ser nefastas. Vejam só o artigo 17:

Art. 17. Dê-se ao art. 54 da Lei n° 6.015, de 31 de dezembro de 1973, a seguinte redação:

“Art. 54. O assento de nascimento deverá conter:

2) o sexo e a cor do registrando;

O progressista, democrático, humano e pluralista governo do PT nos faz, com uma canetada, regredir algumas décadas na história e na biologia. Primeiro por sugerir uma classificação racial num momento em que a comunidade científica afirma com quase unanimidade que não existem diferenças genéticas entre os seres humanos em quantidade suficiente para que possam ser divididos em raças. A ciência desacredita e bane o conceito de raça. O PT o institui oficialmente.

O segundo aspecto é ainda mais assustador. Ao estabelecer a classificação dos cidadãos por raça, o Brasil se equipara à Alemanha nazista e à África do Sul na época do Apartheid. Historicamente, só países com políticas oficiais de racismo chegaram a identificar seus cidadãos por critérios raciais. Nem mesmo nos Estados Unidos, onde a segregação e o preconceito foram bem maiores, se chegou a esse ponto.

Lembra daquela parte do "Todos são iguais perante a lei"? Substitua por "Todos serão tratados de acordo com a raça à qual pertencer". Confio que o talento inato do brasileiro para desobedecer leis torne este estatuto outra fábula legislativa que só serve para confundir a cabeça dos estudantes de direito. Do contrário, o PT conseguirá o que séculos de escravidão e preconceito jamais conseguiram: institucionalizar a segregação racial no Brasil.

sábado, janeiro 07, 2006

Ele confessou. E agora?

Entrevista de Jorge Bornhausen:

Veja – O PFL é o partido da direita brasileira?

Bornhausen – O PFL é um partido de centro. Por opção, pertencemos à Internacional Democrata de Centro, que defende um liberalismo social. Não pertencemos à Internacional Liberal, que é puramente liberal. Somos de centro porque, de um lado, estamos distantes do imobilismo conservador. E, do outro, longe do populismo demagógico.

Veja – Por que ninguém assume ser de direita no Brasil?

Bornhausen – A direita não cabe dentro do figurino brasileiro. Temos de considerar nossas condições sociais. Não podemos querer uma economia de mercado pura, sem um Estado regulador. Temos de fazer com que o Estado seja um instrumento a serviço do cidadão, especialmente o menos favorecido. Sem isso, os pobres não terão oportunidades justas nem seus direitos básicos preservados. Não é a questão de Estado máximo e Estado mínimo, mas do Estado necessário.

Veja – O senhor tem medo de ser classificado como de direita?

Bornhausen – Não se trata de medo, é que não há como existir direita em um país que não é desenvolvido.

Veja – Reformulando: o PFL é o partido mais à direita no espectro político brasileiro?

Bornhausen – Não. Há partidos que se colocam muito mais à direita, como o PP e o PTB. Ambos com intensa convivência com Lula e seu governo. Não somos de direita, mas direitos.

Veja – O que o senhor quis dizer quando se declarou "encantado" com a possibilidade de tornar-se "livre dessa raça pelos próximos trinta anos", ao referir-se aos petistas?

Bornhausen – O termo "raça" não teve nenhuma relação com etnia. Eu me referia aos corruptos ou corruptores que estavam no governo. Mas intelectuais e sindicalistas ideologicamente empedernidos quiseram transformar isso em um ato de racismo e estenderam seu significado como se fosse uma palavra contra a esquerda. O PDT e o PPS são de esquerda e de oposição. Os criadores do P-SOL foram expulsos do PT. Nada têm a ver com os corruptos. Para tentar me desmoralizar, houve quem produzisse cartazes em que eu aparecia como Hitler. Aquilo, sim, foi um ato de racismo nazi-fascista. A polícia de Brasília identificou os autores dos cartazes. Um líder sindical, Avel de Alencar, e seu irmão, Alvemar, encomendaram esses cartazes ao senhor Marcos Wilson, que era assessor da liderança do PT na Câmara em Brasília.


Pois é, agora quero ver alguém dizer que o PFL é "de direita". Se bem que o que não faltam são maniqueístas que se acham "os tolerantes", e que simplesmente classificam a direita como sendo "do mal" e a esquerda como sendo "do bem". Mas não estou preocupado em falar àqueles que não conseguem distinguir política de um episódio de Star Wars, classificando todos como Luke Skywalker ou Darth Vader.

Adorei a entrevista porque ela revelou de forma explícita aquilo que eu já sabia há muito tempo: o PFL nunca andou perto de ser um partido "Liberal", e direita no dicionário político tupiniquim é um opróbio que ninguém deseja carregar. Mais: mostrou a completa falência da definição esquerda-direita, que como todo maniqueísmo, é idiotice utilizada por imbecis. Sou muito mais o plano político adotado pelo Political Compass, o melhor teste de posicionamento político-ideológico do qual já tomei conhecimento.E depois vejam uma análise dos aspectos do teste feita pelo Luiz Simi. Qualquer dia desses eu refaço o teste e publico o resultado aqui.

domingo, janeiro 01, 2006

Mensagem de Dom Isaac Abravanel


A mensagem a seguir faz parte de uma resposta do rabino Dom Isaac Abravanel, ao Édito de Alhambra, de 1492, no qual os reis da Espanha expulsaram os judeus de seu território, e iniciaram uma perseguição anti-semita que só encontra paralelo naquela realizada nos anos 30 e 40 do século passado:


A mensagem é simples. O histórico povo de Israel, como tem tradicionalmente se constituído, é o juiz final de Jesus e de suas reivindicações de ser o Messias. Como o Messias foi destinado à salvação de Israel, cabe a Israel decidir quando é que foi salvo. Nossa resposta, a única resposta que importa, é que Jesus foi um falso Messias. Já que o povo de Israel vive, e que continua a ser rejeitado pelo próprio povo de Jesus, vossa religião nunca será validada como verdade. Podeis converter todos os povos e selvagens do mundo, porém como não converteram os judeus, não tendes provado nada exceto o vosso poder de persuadir o mal informado.


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