sábado, julho 30, 2005

Por que eles não gostam do Sarney?


Confesso que cada vez mais a cena política brasileira me parece um hospital psiquiátrico, dada a esquizofrenia e confusão mental das principais forças do cenário. A dita “direita” sofre de males como cleptomania e dupla personalidade. Já a esquerda, além da esquizofrenia que sempre lhe foi característica, ainda sofre de um problema sério de falta de identidade. Parece não saber quem é, nem quem são seus protetores ou inimigos. Talvez esses sejam sintomas típicos da esquizofrenia, mas como entendo tanto de psiquiatria quanto Marx entendia de economia, deixemos esses detalhes para lá.

Um dia desses lá pelo interior, entre uma dose de cachaça e outra, estive pensando em quais foram os governantes brasileiros que mais próximos chegaram do ideal esquerdista, para tirar a limpo essa história que eles contam de que o Brasil nunca teve governos de esquerda. Que eles enaltecem o Vargas, não é novidade. O que nada mais é que uma demonstração cabal da Síndrome de Estocolmo: Vargas foi um ditador fascista que perseguiu e matou muitos comunistas (chega a ser engraçado ver esquerdistas enaltecendo Vargas e chorando por Olga Benário. Ou eles são falsos na bajulação, ou choram lágrimas de crocodilo, ou são doentes mentais mesmo). JK também é visto como um grande estadista pela galera canhota. Logo o homem que trouxe as multinacionais que eles querem ver banidas do país. A essa altura o álcool me subia à cabeça e eu não entendia mais nada com coisa nenhuma.

Até que me lembrei do José de Ribamar, vulgo Sarney, aquele homem parvo, com ridícula tintura acaju no cabelo e um inglês de matar de vergonha qualquer estudante de primeira época do Wizard. As esquerdas dizem que ele foi um oligarca que governou para as elites. Eu era muito pequeno naquela época, e estava muito ocupado decorando nomes de seriados japoneses para prestar atenção nas reviravoltas do Plano Cruzado. Fui dar uma lida em revistas da época e descobri alguns fatos interessantes.
Uma das bandeiras que a esquerda sempre fezquestão de brandir foi a do calote nas dívidas interna e externa. A única moratória da história moderna do país foi realizada por... José Sarney! Outra característica dos esquerdistas é ter ódio dos empresários e querer persegui-los de todas as formas. Pois descobri que nenhum governo perseguiu tanto os empresários quanto o de Sarney: tabelou e congelou preços e juros bancários não apenas uma vez e chegou a extinguir a correção monetária. Vários empresários foram presos por desobedecer os tabelamentos e por não vender seus produtos aos preços vis estabelecidos pelo governo. Era uma época em que todo dono de empresa era visto como um criminoso em potencial. Do jeito que as esquerdas gostam.

Para entrar numa passeata do PSOL, você precisa ser contra a abertura comercial e defender as reservas de mercado para “proteger” a indústria nacional. Sarney, herói incompreendido dos espectros vermelhos da política, foi ardoroso mantenedor da reserva de mercado para a informática, além de manter e reforçar os bancos estaduais que, quebrados pela corrupção e má gestão, deveriam ter falido muito antes do governo Collor. Se àquela época se falasse de Alca para Sarney, ele provavelmente reagiria irado, de cocar na cabeça e tacape em punho, invocando os espíritos na dança da guerra dos índios tabajaras.

Perseguição a empresários, protecionismo comercial, moratória... Algumas das bandeiras mais caras à esquerda nacional foram brandidas bravamente por José Sarney. E como os vemelhinhos tupiniquins tratam o ex-presidente? A pedradas, considerando o governante mais esquerdista da história do Brasil um pulha que governou para os interesses das elites nacionais e do grande capital internacional (falam isso de Sarney, que praticamente inviabilizou as joint-ventures de capital nacional e estrageiro, é burrice, patifaria, ou as duas coisas juntas). O que me leva a concluir que esse povinho é demente ou ingrato. Uma pena que quando tenha chegado ao final do raciocínio, estava tão bêbado que não conseguia sequer segurar meu copo, que dirá fazer uma opção entre a demência ou a ingratidão. Fico com a embriaguez mesmo. A etílica ou a ideológica, não faz muita diferença mesmo...

sexta-feira, julho 22, 2005

Fechando para balanço


Por certas peculiaridades características do ensino público brasileiro, meu primeiro semestre começou em abril e está se encerrando apenas agora, de tal modo que minhas férias serão no mês de agosto. Aproveitando minhas últimas férias antes de me formar, vou passar uma semana no interior para tentar colocar as leituras e os pensamentos em dia, resolver alguns conflitos e tomar algumas das decisões mais importantes e difíceis da minha vida. Não vou pensar em política ou na situação do Brasil porque isso aqui já tá perdido mesmo. O bom de estar numa cidade do interior é que as pessoas não querem conversar sobre política. Fazemos coisas mais importantes, que não mais podemos fazer nas grandes cidades, como beber, flertar, ouvir música e consumir entorpecentes, tudo isso na calçada de casa, sem se preocupar com horário ou bandidos. Vou levando comigo apenas o essencial: livros, música e cigarros. Esses são a base de todo o resto.

Volto dia 1° de agosto.

quarta-feira, julho 13, 2005

Šrebrenica, 13-07-1995


Dez anos, hoje. Para a maioria, 13 de julho de 1995 é uma data como qualquer outra, refugiada no conforto do anonimato.Šrebrenica é apenas mais um lugar de nome exótico que deve ter aparecido alguma dia no noticiário para nunca mais voltar. Sequer sabe aonde fica (os mais atilados talvez percebam, pela grafia, de se tratar de algum lugar do Leste Europeu). No entanto, esse lugar e essa data deveriam estar tão profundamente marcados no imaginário dos horrores da humanidade quanto Babi Yar ou Auschwitz. Nessa pequena cidade bósnia, há exatos dez anos, a Europa revivia cenas de horror e barbárie que desde o final da Segunda Guerra não via, e acreditava jamais rever. Pois a 400 km de Roma, 1500 de Berlim, 2300 de Paris, em plena Europa e há bem pouco tempo, um crime hediondo se reunia ao já amplo histórico de atrocidades da nossa espécie.

Tudo começou em março de 1992, quando a Bósnia-Herzegovina se declara independente da Iugoslávia, seguindo Eslovênia, Croácia e Macedônia. O chefão do país, Slobodan Melosevic, no entanto, não aceitaria que seus protetorados lhe escapassem, não sem luta. Arma milícias sérvias (os sérvios são 1/3 da população bósnia) e começa um conflito encarniçado e fratricida, pois durante os quarenta anos sob o governo comunista do marechal Tito, católicos (eslovenos e croatas), ortodoxos (sérvios e macedônios) e muçulmanos (bósnios e albaneses) foram incentivados a se misturar; se tornaram amigos, vizinhos, cônjuges. As táticas de guerra das milícias sérvias comandadas por Ratko Mladic, apoiadas por Radovan Karadzic (fundador da república sérvia da Bósnia) e municiadas por Melosevic incluíam chacinas de crianças e estupros coletivos, pelo que o conflito encheu de horror os olhos do mundo civilizado.

Em 1993 a ONU envia forças de paz para a região (a esquerda mundial foi contra a “intervenção imperialista da organização fantoche dos EUA”) e declara, além de Šrebrenica, as cidades de Sarajevo, Zepa, Gorazde, Bihac e Tuzla como “áreas seguras”, que seriam guardadas por capacetes azuis. Só que a organização na qual tantos confiam deu um show de incompetência e inação no tocante à proteção dessas áreas. Tropas sérvias começaram a marchar em direção a Šrebrenica em 5 de julho de 1995. Em 9 de julho, caíam as últimas defesas da cidade. Os soldados holandeses enviados pela ONU eram apenas 600, contra mais de cinco mil sérvios. O comandante da tropa, coronel Tom Karremans, requisitou apoio de bombardeio aéreo à OTAN. Só que a ONU estava no comando da operação. Depois de implorar por ajuda, ele recebe a resposta lacônica que seu requerimento estava incorreto e deveria ser refeito. Ele então refaz o pedido, e dessa vez tem a resposta de que os caças estão a caminho. Só que eles demoram a chegar, e quando chegam, as tropas sérvias já haviam feito refens os holandeses. Sob a ameaça de matar todos os soldados da ONU, o comandante da operação, general Radislav Krstic, consegue fazer com que os aviões recuem.

Com as tropas rendidas, começa a triagem da população. Mulheres são levadas para longe das vistas dos homens, e então estupradas. Os homens da cidade com idade superior a doze anos foram levados durante três dias para os bosques vizinhos e metodicamente exterminados com tiros na cabeça. Do outro lado de uma cerca de arame farpado, os soldados da ONU assistiam a tudo, impassíves e impotentes. Kofi Annam não requisitou a intervenção da OTAN a tempo hábil para que a tragédia pudesse ser evitada. Enquanto pediu ajuda à Organização das Nações Unidas, Karremans teve suas solicitações rejeitadas. Quando cansou da incompetência da ONU e resolveu pedir ajuda diretamente a quem ia fornecê-la, era tarde demais. O número de mortos ainda é incerto. Fala-se em algo entre cinco mil e oito mil pessoas. Sem contar os estupros e saques.

Dez anos depois, Slobodan Melosevic está no banco dos réus no Tribunal Penal Internacional, em Haia, num julgamento que se arrasta há anos e que parece infindável. Radislav Krstic, comandante do batalhão de extermínio, foi condenado a 35 anos de prisão. Ratko Mladic e Radovan Karadzic, os superiores de Krstic e mentores da tática de estupros em massa & assassinatos de crianças, estão foragidos, escondidos, ao que tudo indica, com a conivência do governo sérvio. A ONU continua sendo considerada como a melhor (ou mesmo única) alternativa para se resolver os problemas do mundo. Mesmo depois dos fracassos clamorosos dela em Ruanda e na Bósnia. Basta ver a diferença da operação da ONU na Bósnia em 1995 e da OTAN, capitaneada pelos americanos, em 1999 no Kosovo. Na primeira, massacres horrendos numa guerra que durou três anos. Na segunda, algumas semanas de bombardeios (combatidos pela esquerda mundial, é sempre oportuno lembrar) e as tropas sérvias abandonaram o Kosovo. Talvez os mesmos que se opuseram a essa ação esbravejaram contra os americanos quando estes bombardearam Saddam Hussein e o impediram de exterminar os curdos iraquianos. Quem quiser confiar na ONU que confie. De minha parte, perdi as esperanças nela desde os acontecimentos de dez anos atrás em Šrebrenica.

O fato é que nenhuma dessas discussões apaga o que aconteceu. As vítimas estão mortas. Nos resta, neste dia em que o massacre completa dez anos, não deixar que caia no esquecimento. A melhor maneira de não repetir a história é não esquecê-la.

quarta-feira, julho 06, 2005

Alerta: Pós-adolescente com crise existencial logo abaixo


Essa é só a primeira confusão que me atormenta: que rótulo sou eu? Faz tanto tempo que me encaixo na denominação “adolescente” que começo a me sentir desconfortável com o fato de ela começar a ficar obsoleta para mim. Como não acredito que alguém vá dormir adolescente e acorde adulto, prefiro me localizar numa faixa de transição, assim como entre as densas forestas e os áridos desertos existem faixas transitórias de cerrados e savanas.

A segunda é ainda mais pessoal e não creio que tenha interesse para vocês: de quem eu gosto? Estou dividido entre duas mulheres, talvez uma terceira e sem saber ao certo o que sinto por uma quarta, com quem sequer falo há meses. Sei que o transcorrer do tempo me impele ao ponto em que terei de tomar uma decisão, e não sei qual seria a melhor para mim e para as outras pessoas envolvidas. Nem mesmo tenho certeza se tomar uma decisão é mesmo a melhor alternativa. Talvez isso seja canalhice afetiva, mas a duradoura amizade com Lorde Henry Wotton me habituou demais à idéia de amar o amor mais do que a pessoa amada para que eu possa rever meus conceitos de forma tão abrupta.

A terceira acredito ser normal para quem tem vinte e um anos: que quero eu fazer? No final desse ano, me formo em Direito, o curso dos sonhos da maioria que deseja tal diploma como forma de obter uma sinecura no funcionalismo público, cheia de vantagens e com pouco trabalho a fazer. Mas há tempos me desiludi com o curso: se o levo à frente, é apenas por não saber o que fazer. Gosto um pouco de praticamente tudo, e poderia acompanhar qualquer curso de graduação, seja filosofia ou matemática. Mas na hora de decidir qual dos meus gostos transformar em parte integrante da vida pelas próximas décadas é que vem a paralisia. Se hoje estou encantado com física de partículas, amanhã estarei com biologia evolutiva, depois com história contemporânea, na semana seguinte com economia, na posterior com geopolítica, no mês seguinte com matemática pura. Ia mencionar ainda que moro num lugar aonde as oportunidade são quase inexistentes, mas isso é mero detalhe.

Como se não bastassem as dúvidas prementes, estas que exigem soluções para breve, ainda me deixo atormentar por outras com as quais sequer estou face a face. Enquanto era cristão, não tinha dúvidas de que queria perpetuar a espécie. Na fase turbilhonante que se segue ao abandono de uma certeza há tempos cultivada, somos levados a repensar (o que se torna quase sinônimo de renegar) nossas concepções anteriores, e reneguei a paternidade como opção dos mais fracos que não tinham outra alternativa que não esta para deixar marcada sua passagem pelo mundo. Hoje volto a repensá-la; me assusta o fato de que por falta de descendentes, todo esse modelo de civilização que tanto admiro, laico, racional, tolerante, epicurista, venha a ruir e que uma nova Idade das Trevas despenque sobre esta jóia lapidada com tanto esmero no decorrer dos séculos chamada civilização ocidental. Por outro lado, que tenho eu a ver com isso? Acaso poderei impedir a queda após a minha morte? Poderia fazê-lo através da paternidade? Não é nada improvável que minha prole venha a rejeitar tudo aquilo que eu estimo. O que pode um ser humano solitário contra a torrente caudalosa da história? Nada. Mas dá vontade de pelo menos tentar alguma coisa, para não ficar com a consciência pesada e não ser cobrado pelas gerações futuras pela inação diante do perigo.

Até que finalmente me tranqüilizo um pouco: essa civilização superior, moldada pelos depravados e hedonistas gregos, consolidada pelos igualmente depravados e hedonistas romanos e resgatada pelos também depravados e hedonistas renascentistas já demonstrou sua força nesses quase três mil anos de história. O cristianismo não conseguiu destruí-la, o islã também não o conseguirá. Assim como o primeiro nela se diluiu e acrescentou algumas nuances que deixaram o tecido um pouco mais rico, talvez aconteça o mesmo agora.

Tudo isso para chegar no ponto crucial: como está dito no título do blog, há tempos larguei as áridas, mas razoavelmente seguras, praias da certeza para navegar no interessante oceano da dúvida. Há cinco anos estou nele, e dele aprendi a extrair minha sobrevivência, de forma muito mais agradável e interessante do que na época em que estava em terra firme. O problema é que as águas nas quais singrava, outrora calmas, hoje se revoltam em prenúncio de borrasca, me atiram de um lado para outro, de tal forma que não consigo mais direcionar meu rumo. E ante prenúncios tempestuosos de tempos sombrios, passo a ansiar pela visão de uma costa. Eu, que de todas as costas de certeza tenho fugido como o diabo da cruz me vejo cada vez mais na contingência de ser obrigado a ancorar em algum porto. Em qual deles? Uma religião? Nunca! Uma ideologia? Tampouco. Um emprego estável? Talvez. Uma família? Não tenho certeza. O fato é que após tantos anos acostumado a ter sempre vastidões à vista para onde quer que voltasse o olhar, temo pela possibilidade de ver o alcance de minha visão limitado por acidentes geográficos de certezas estáveis. Seria o caso de correr o risco de ancorar em mar aberto, ainda que correndo riscos, e esperar a calmaria? Ou reforçar a estrutura do barco para que ele possa navegar ainda que o oceano se encrespe? Ou deveria mesmo ancorar em algum porto e ter a infinitude à vista apenas da praia, pousando nela apenas os olhos cansados da saudade de quem não é mais capaz de nela sobreviver, como o velho marinheiro remói seus dias de glória ante a visão das velas que cruzam o limite da percepção limitada dos que vivem em terra firme?

Vá para o diabo esse post, que começou bobo e terminou tão hermético que ninguém conseguirá entender coisa alguma. De todo modo não há razões para pânico: não pretendo virar o barco e desistir da viagem. Resistirei ao que quer que aconteça. Posso parecer constituído de matéria frágil, mas tenho a tenacidade de temperamento típica dos que sobreviveram a algumas borrascas no mar de dúvidas, e talvez por falta de amor-próprio pouco temem o que lhes venha a acontecer.


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