domingo, julho 30, 2006

Coincidências políticas latino-americanas

Este é um ano de muitas eleições na América Latina. Peru, Colômbia, Costa Rica e México já elegeram seus presidentes. Brasil, Equador e Nicarágua o farão ainda esse ano. Desconsideremos aquela democracia de araque em que o governo elege 100% dos parlamentares, apenas 25% do povo vota e o presidente ora diz que pretende ficar até 2013, ora até 2031.

Em abril, os peruanos foram às urnas. Depois de passar meses isolado na frente, o candidato Ollanta Humala, claramente vinculado a Hugo Chávez, perdeu as eleições. Os peruanos preferiram eleger um ex-presidente que fez um governo desastroso e corrupto do que se transformar em mais uma vítima do imperialismo venezuelano.

A eleição colombiana em maio transcorreu sem surpresas. Com altos índices de aprovação devido ao crescimento econômico e à diminuição da violência, Álvaro Uribe se reelege com mais de 60% dos votos. Ele é um conservador abertamente anti-chavista.

O prêmio Nobel da paz de 1987, Oscar Arias, venceu as eleições na Costa Rica por uma pequena margem de votos. Ele defende um acordo de livre-comércio com os Estados Unidos, aproximação demonizada por Chávez e seus asseclas.

No México, pela segunda vez desde o fim da ditadura do PRI, houve eleições livres. O prefeito da Cidade do México, Andrés López Obrador, populista, tem sua imagem associada ao chavismo. Ele tenta o quanto pode desvincular sua imagem do petroditador. Não deu certo, e depois de ser favorito disparado, ele perde as eleições para Rafael Calderón por uma margem estreitíssima de votos.

Nicarágua e Equador, convenhamos, são insignificantes política e economicamente, e não há indícios de que chavistas terão vida fácil nas eleições por lá. Sobra então a eleição brasileira, com certeza a mais importante do continente. Lula é aliado político de Chávez, embora acompanhe a certa distância seus delírios. Lidera as pesquisas, mas se encontra em viés de baixa, enquanto seu principal adversário vem ganhando espaço ainda antes da campanha esquentar de vez com o horário eleitoral na TV.

Não duvido que a virada espetacular do referendo do ano passado se repita. O cenário é muito parecido: o Sim liderava com folga todas as pesquisas até três meses antes da consulta. Com um detalhe: vinha fazendo uma campanha intensa havia dois anos, enquanto os partidários do Não quase não tinham espaço na mídia. Bastou começar o horário gratuito, o Não ganhar tanto espaço quanto o Sim para a virada acontecer: de 80% Sim x 20% Não para 65% Não x 35% Sim.

Caso isso aconteça, terá sido não apenas mais uma derrota política chavista. Terá sido a maior de todas, indicando que o continente repudia sua demagogia cretina e seu populismo rasteiro. A rigor, Chávez terá apenas a pobre e isolada Bolívia como aliada incondicional.

Que assim seja.

domingo, julho 23, 2006

Coisas que lavam a alma

Todo mundo sabe que os petistas há um ano dizem que as denúncias de corrupção são uma armação das "zelite" para derrubar um goveno popular que governa para os mais pobres. Até aí, nada de novo. Aqui no Piauí, onde o PT é governo, e segundo meus pais, professores da rede estadual de ensino há mais de dez anos, faz a pior gestão educacional da história do estado (o que não significa dizer que as outras tenham sido boas), os chavões são os mesmos.

Eis que com o início da campanha, a cidade está cheia de cartazes do governador petista, ao lado... do filho do dono da maior fortuna do estado, e um dos homens mais ricos do nordeste.

Pois é, na peculiar lógica petista, o homem mais rico do estado não é da "zelite". Isso é ou não é para fazer a barriga doer de tanto rir?

sábado, julho 22, 2006

Quando a arte imita a geopolítica


Quem deseja conhecer a fundo a questão palestina pode ler livros ou pesquisar em sites. Creio, no entanto, que nenhum deles conseguirá fazer alguém saber como israelenses e palestinos se sentem quanto o filme Casa de Areia e Névoa (House of Sand and Fog, 2003, direção de Vadim Perelman, com Ben Kingsley e Jennifer Connelly).

A história, em linhas gerais, é a seguinte: Kathy, uma jovem órfã (Connelly), tem a casa na qual sempre viveu confiscada devido à incompetência burocrática, que lhe atribui dívidas de uma empresa que ela jamais teve. Sem familiares, desamparada e ex-viciada em drogas, a jovem entra em desespero quando toma conhecimento de que sua casa foi leiloada pela prefeitura e arrematada por uma família de exilados políticos iranianos por um preço irrisório. Inicia-se então uma disputa ferrenha pela propriedade, da qual nenhum dos lados abre mão. A moça, por ter vivido lá por muito tempo com o falecido pai, e o exilado iraniano Behrani (Kingsley) por ver o imóvel como a chance para reconstruir a vida (além de ser parecida com a propriedade que tinham no Irã, às margens do Mar Cáspio).

Trata-se de uma disputa na qual não existe lado certo e errado ao qual se posicionar. A jovem pode alegar que foi expulsa injustamente de seu lar. O iraniano também não tem culpa de nada: arrematou a casa num leilão legítimo, investiu muito dinheiro para reformá-la e salvá-la do estado de deterioração no qual se encontrava e vê nela a chance de reconstruir a vida depois de ter caído em desgraça em seu país de origem. A comparação com o conflito Israel x Palestina é tão perfeita que não dá nem para saber quem é Kathy e quem é Behrani na história. Os judeus foram expulsos daquele que era seu lar por milênios, mas milhares de palestinos também o foram quando o estado de Israel se constituiu. Até nas táticas de luta filme e realidade se misturam: Kathy faz com que um policial com quem mantém um caso ameace e chantageie a família iraniana, que reage com truculência (Behrani é um ex-militar pouco habituado a conjugar o verbo negociar). Ambos os lados embarcam numa guerra psicológica altamente estressante e destrutiva, que termina por provocar tragédias.

Não vou contar o final do filme (assistam, preguiçosos), mas garanto que nem mesmo quando começam a aparecer os créditos finais é possível tomar partido de algum dos lados. Todos estão certos em suas reivindicações e errados nos métodos que utilizam para satisfazer seus anseios (embora seja certo que Kathy começou o jogo baixo ao chantagear a família através de seu amante). E tanto na arte quanto na geopolítica, não há solução capaz de agradar ambos os lados.

sexta-feira, julho 21, 2006

Guia de como (não) resolver problemas

Repare em alguns discursos da moda a respeito da última crise do Oriente Médio. Eles demonstram muito bem como não se deve proceder quando se tenta resolver um problema.

Saber como o problema nasceu, rastrear suas raízes é ótimo, satisfaz a curiosidade intelectual e pode até ajudar concretamente. Só que diagnosticar as razões não é suficiente. Não basta saber que o estado de Israel foi construído em cima de um território onde outro povo viva. Isso não vai fazer o estado de Israel desaparecer da região (voltarei a esta questão posteriormente).

O primeiro passo então é reconhecer as coisas como elas são: existe um estado judeu, e ele é cercado por povos muçulmanos governados por ditaduras que adoram incendiar o panorama externo para desviar a atenção de todos da pobreza e da falta de liberdade às quais submetem seus povos. A pergunta inicial é: quem deu o primeiro tapa?

Quanto a isso não há dúvida: foram o Hamas e o Hezbollah, ao seqüestrarem soldados israelenses. Militantes do Hamas, aliás, vinham usando suas bases na faixa de Gaza para bombardear a cidade israelense de Asqelon.

E há um fato incontestável: Israel fez duas grandes concessões unilaterais. Uma em 2000, desocupando o sul do Líbano (onde estavam havia vinte anos), e outra ano passado, desocupando a faixa de Gaza. Israel fez o que os "pacifistas" dos mais diversos matizes dizia que funcionaria: cedeu território ao inimigo e passou a pressioná-lo menos.

O resultado aí está. Os palestinos não usaram a liberdade de movimentos na faixa de Gaza para construir as bases de um estado minimamente funcional; pelo contrário, mergulharam na anarquia de guerras entre grupos rivais, e os jihadistas aproveitaram a bagunça para intensificar os ataques contra alvos israelenses. No caso do Líbano, a coisa é ainda mais grave, pois com a desocupação do sul, o Hezbollah simplesmente perdeu sua razão de existir (o grupo surgiu com o objetivo específico de expulsar Israel do sul do Líbano). O Hezbollah desarmou suas milícias? Não, usou a liberdade de movimentos para fortalecer suas bases e aumentar o poder de fogo de atacar Israel.

Levando-se em conta esses fatos, qualquer um que acredite que o Hamas e o Hezbollah querem algum tipo de entendimento pacífico com Israel é um idiota ou um canalha intelectual. Negociação só pode existir entre dois lados que possuem um objetivo em comum (a paz, a manutenção de territórios etc.). Se um dos lados não aceita a existência do outro, não há paz possível. Israel, portanto, não tem outra opção. Ou reage com sua típica truculência a toda e qualquer agressão, ou cometerá um suicídio como nação.

Dito isso, vamos para a segunda, mais complicada e crucial parte do problema: o Líbano. Mais precisamente, duas ditaduras que usam o Líbano como instrumento para atacar Israel: Síria e Irã. Ambos financiam grupos terroristas palestinos; do Irã vem o dinheiro e da Síria o apoio logístico ao Hezbollah. Vale lembrar que a Síria colonizou (essa é a palavra correta) o Líbano de 1976 até o ano passado, quando o regime de Damasco assassinou um político popular libanês contrário à presença de tropas sírias no país. Tueini, outro político carismático anti-Síria, foi morto ano passado em circunstâncias suspeitíssimas. A Síria saiu do Líbano, mas vem demonstrando que não vai abrir mão de exercer o seu poder no país. Somente a comunidade internacional pode tirar as garras de Bashar Assad do Líbano.

De tal forma que os civis libaneses realmente são os coitadinhos da história. O Hezbollah como partido político tem representação minúscula, e concentrada em vilarejos do sul. Beirute é anti-Hezbollah em peso. Só que a culpa das mortes e da destruição no país não deve recair sobre as costas de Israel, e sim de quem usa covardemente os civis libaneses como escudo humano para promover suas ações terroristas. Bush, direto e simplório como sempre, foi direto ao ponto: "a Síria tem que acabar com aquela m. no Líbano". Ao contrário de muitos analistas políticos com ares intelectuais, o rude caubói texano ao menos sabe onde está o problema.

Resumindo: a bola, em tese, está com o governo libanês. Se ele deseja paz com Israel, deve neutralizar o Hezbollah e ocupar a fronteira com seus exércitos (vale lembrar que Jordânia e Egito também expulsaram jihadistas anti-Israel de suas fronteiras, e convivem pacificamente com o estado judeu). O fator Síria é que embola as variáveis da equação. Damasco não quer perder a chance de aporrinhar Israel sem se expor, usando o povo libanês como bucha de canhão. Os libaneses querem paz depois de anos de guerra civil e opressão síria. Cabe a eles dizerem que não querem mais ser joguetes de Bashar Assad e mandar a Síria se entender diretamente com Israel.

(Amanhã: a questão palestina vista através de um filme).

domingo, julho 16, 2006

Atualizações

Há muito estava devendo isso pra vocês:


Viajando nas palavras, blog do leitor Hélder da Rocha e o blog do Polzonoff, pois nem só de política viverá o homem.


E como a política é chata e suja, mas não pode ser ignorada, aí vão o The Tosco Way Of Life e o novo blog do Reinaldo Azevedo.


E prometo a vocês que se essa gripe que se instalou há um mês não me matar nesta semana, eu passo a atualizar isso aqui com uma freqüência mais decente.

sábado, julho 15, 2006

Toma mais uma, Brasil!

Como vocês já devem estar sabendo, há um projeto de lei apresentado pelo deputado Nilson Mourão (óbvio que tinha que ser do PT), extinguindo o filme legendado no Brasil. Todos os filmes em língua estrangeira que passem em cinemas terão de ser dublados em língua portuguesa. Alega o deputado que, como muitos brasileiros são analfabetos funcionais, não conseguem ler e entender as legendas, e portanto não vão aos cinemas.

É o tipo de solução que o PT adora: simplista e que ataca o sintoma ao invés da doença. Os pobres e negros não conseguem entrar na universidade? Que sejam metidos nela à força por meio de cotas. O brasileiro não tem capacidade de leitura suficiente para acompanhar um filme legendado? Que se dublem os filmes. Preparar pessoas para o vestibular ou ensiná-las a entenderem o que lêem, nem pensar.

Sinceramente, já não tenho mais ânimo nem forças para protestar contra as medidas absurdas e autoritárias deste governo. O povo está disposto a elegê-lo, inclusive muita gente pretensamente instruída e que eu considero capaz de raciocinar. Então que façam bom proveito. Que continue a ter seu direito de escolha cerceado, que continue a trabalhar duro para sustentar os bandidos que insiste em manter no poder.
I rest my case.

sexta-feira, julho 07, 2006

Consegui...

...Receber o xingamento maior, a ofensa suprema, o galardão do opróbrio: uma pessoa de esquerda me chamou de nazifascista. E por que estou tão alegre? Simples: como bem disse o Alex, quando uma pessoa de esquerda te chama de nazista ou alguém de direita te chama de comunista, você deve está no caminho certo. A segunda honraria eu acho que dificilmente receberei algum dia, até porque não existem ex-direitistas. A política parece obedecer a uma espécie de pressão osmótica: só há trânsito da esquerda para a direita. Ex-comunistas, socialistas, anarquistas, social-democratas e tudo mais existem aos montes. Ex-liberais ou ex-conservadores que tenham se tornado socialistas, eu ainda estou por conhecer.


(Vamos deixar algo bem claro: essa classificação de direita versus esquerda é anacrônica, maniqueísta e pouco reflete a diversidade do espectro político nos dias atuais. Utilizo-a por ser consagrada pelo uso e por falta de termos igualmente abrangentes).


Agora a bola fica com vocês: quais traços de minha personalidade ou minhas idéias que eu deixo transparecer aqui no blog seriam indícios de que sou “nazifascista”? Aos que não me conhecem, garanto que não tenho qualquer ascendência germânica; muito pelo contrário, há indícios nada desprezíveis de que minha família tem raízes judaicas. Não acredito que tenha deixado transparecer nacionalismo exacerbado, até porque o nacionalismo é, assim como o fascismo ou o comunismo, uma ideologia de massas que serve como refúgio para fracassados. Por acaso acreditaria eu que o Estado deve manter a integridade nacional a qualquer custo, ainda que para isso precise dominar a sociedade com mão de ferro? Creio que meu anti-estatismo já tenha ficado suficientemente claro. Então por que diabos pessoas tidas como “de direita” estão frequentemente sendo tachadas de nazistas?


Por conta de um estratagema intelectual extremamente canalha, que confronta duas coisas que pouco ou nada têm a ver entre si, até se descobrir uma característica em comum entre elas. Não importa se essa característica comum se dá por motivos completamente antagônicos: aos olhos do simplório ou do patife intelectual, as duas se tornam entidades indissociáveis. O fato de o nazismo ser antimarxista e antibolchevista termina sendo usado para atirar o nazifascismo na vala comum da direita. Ninguém parece se preocupar com o detalhe de o desprezo pelo marxismo nutrido pelo nazismo e pelo liberalismo terem origens totalmente diferentes: o nazismo é anticomunista pelo fato do comunismo ser internacional (a esquerda de hoje praticamente nem lembra mais disso), e o nazismo é nacionalista. Aliás, vamos encerrar a questão de uma vez por todas, que todos já devem estar cansados dessa lengalenga: o nome do partido nazista era Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães. Eu não sou socialista, nem nacionalista, nem defendo a simplória dicotomia de classes que o termo “dos trabalhadores” sugere.


Quem não concordar, por favor, demonstre as convergências de pensamento entre John Locke e Adam Smith e a doutrina nazifascista. Regurgitar retórica vazia não vale.

sábado, julho 01, 2006

Querem apostar quanto?


O time dos sonhos que venceria a Copa com um pé nas costas acaba de ser eliminado. Neste exato momento estão sendo fabricadas dezenas (centenas? milhares?) de teorias conspiratórias mirabolantes comprovando que tudo estava combinado, que os jogadores e a CBF receberam uma bolada (de dólares) para perder a partida e facilitar o caminho da Alemanha rumo ao tetra.

Ninguém vai lembrar que o time venceu os dois primeiros jogos da primeira fase sem apresentar um futebol convincente, em lances isolados contra times medianos. Nem vão lembrar que passou um sufoco nas oitavas contra outro time mediano e que só marcou três gols porque a marcação da defesa da equipe africana era muito ruim. Que o time tinha laterais lentos, que o meio campo não marcava de forma combativa, que o ataque não tinha movimentação, nada.

O que nos remete a outra derrota para a França, esta em 1998. Com o tempo as pessoas também esqueceram que aquele time já havia perdido naquela Copa para a mediana seleção da Noruega, que passou um sufoco danado contra a Dinamarca, que tinha uma defesa ruim. Também parecem não ter idéia do impacto psicológico devastador que é tomar dois gols em menos de dez minutos, jogando com torcida contra e ainda com seu melhor jogador fora de condições de jogo.

E tanto em 98 quanto agora, sobressaiu-se a organização tática da equipe francesa, que tanto lá como cá soube preencher os espaços do campo, não deixando os brasileiros jogarem, e mantendo o jogo cadenciado no campo adversário até surgir a chance de fazer o gol, e a partir de então administrar o resultado, deixando que o adversário se exaspere com o passar do tempo e o placar adverso.

Tudo isso para dizer que, sim, a França mereceu vencer o jogo pela disciplina tática e pela forma como ocupou bem os espaços do próprio campo quando era atacada, ao mesmo tempo em que conseguia manter o domínio da bola no campo do adversário. Essa foi uma partida sobretudo recomendada para aqueles que acreditam que tática não ganha jogo.

Mas voltando ao início da conversa, querem apostar quanto como essas teorias farão sucesso assim que forem lançadas?


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